segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Os sete selos


Lição 5
26 de janeiro a 01 de fevereiro
Os sete selos
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 28, 29
VERSO PARA MEMORIZAR: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra” (Ap 5:9, 10).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 6:1-17; Lv 26:21-26; Ez 4:16; Dt 32:43; 2Ts 1:7-10
Em Apocalipse 6, continua a cena dos capítulos 4 e 5, que descrevem Cristo como digno de abrir o livro selado, pois, por Sua vida e morte vitoriosas, Ele recuperou o que foi perdido por Adão. A partir de então Ele estava pronto para levar adiante o plano da salvação até sua execução final, por meio da abertura dos selos do livro.
O Pentecostes marcou o início da propagação do evangelho, por meio da qual Cristo expande Seu reino. Portanto, a abertura dos selos se refere à pregação do evangelho e às consequências de rejeitá-lo. A abertura do sétimo e último selo nos leva à conclusão da história do mundo.
Em Apocalipse 3:21, o significado dos sete selos é decifrado: “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em Meu trono, assim como Eu também venci e sentei-Me com Meu Pai em Seu trono” (Ap 3:21, NVI). Os capítulos 4 e 5 falam da vitória de Cristo e de Sua dignidade, em virtude de Seu sacríficio no Calvário, para ser nosso Sumo Sacerdote celestial e para abrir o livro. Os últimos versos do capítulo 7 descrevem os vencedores diante do trono de Cristo. Portanto, o capítulo 6 trata do povo de Deus no processo que o leva à vitória, para que possa compartilhar o trono de Jesus.
Domingo, 27 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 30, 31
A abertura do primeiro selo
1. Leia Apocalipse 6:1-8, Levítico 26:21-26 e Mateus 24:1-14. Observe as palavras-chave em comum nesses textos. Qual é o significado dos quatro primeiros selos com base nesses paralelos?_______________________________________________________________________________________________
Os acontecimentos representados nos sete selos devem ser entendidos no contexto das maldições da aliança do Antigo Testamento, especificadas em termos de espada, fome, pestes e feras do campo (Lv 26:21-26). Ezequiel os chamou de os “quatro terríveis juízos” de Deus (Ez 14:21, NVI). Eram juízos disciplinares pelos quais o Senhor, buscando despertar Seu povo para sua condição espiritual, castigou-o quando ele se tornou infiel à aliança. Semelhantemente, os quatro cavaleiros são o meio que Deus usa para manter Seu povo desperto enquanto aguarda o retorno de Jesus.
Há também paralelos entre os primeiros quatro selos e Mateus 24:4-14, em que Jesus explicou o que aconteceria no mundo. Os quatro cavaleiros são o meio pelo qual Deus mantém Seu povo no caminho certo, lembrando-o de que esse mundo não é seu lar.
Embora de maneira simbólica, o texto de Apocalipse 6:1, 2 também trata de vitória. Isso nos lembra Apocalipse 19:11 a 16, que retrata Cristo em um cavalo branco, conduzindo Seus exércitos celestiais de anjos para libertar Seu povo na Sua segunda vinda. Como símbolo de pureza, a cor branca é regularmente associada a Cristo e a Seus seguidores. O cavaleiro montado no cavalo segura um arco e recebe uma coroa, o que lembra a imagem de Deus no Antigo Testamento, montado em um cavalo com um arco em Sua mão enquanto vencia os inimigos de Seu povo (Hb 3:8-13; Sl 45:4, 5). A palavra grega para se referir à coroa (Ap 6:2) usada pelo cavaleiro é stephanos, que é a coroa da vitória (Ap 2:10; 3:11). Esse cavaleiro é um vencedor que sai vencendo e para vencer.
A cena do primeiro selo descreve a propagação do evangelho, que iniciou poderosamente no Pentecostes, pela qual Cristo começou a expandir Seu reino. Havia, e ainda há, muitos territórios para serem conquistados e muitas pessoas para se tornarem seguidoras de Jesus, até que a vitória final seja alcançada com a vinda de Cristo em glória.
Profeticamente, a cena do primeiro selo corresponde à mensagem para a igreja de Éfeso. Ela descreve o período apostólico do primeiro século, durante o qual o evangelho se espalhou rapidamente em todo o mundo (Cl 1:23).
Por que devemos sempre nos lembrar de que, em Cristo, estamos do lado vencedor, independentemente das nossas circunstâncias imediatas?
Segunda-feira, 28 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 32, 33
Segundo e terceiro selos
2. Leia Apocalipse 6:3, 4. Com base na descrição do cavalo vermelho e de seu cavaleiro, o que é dito em referência ao evangelho?_______________________________________________________________________________________________
Vermelho é a cor do sangue. O cavaleiro tinha uma grande espada e lhe foi permitido tirar a paz da Terra, o que abriu caminho para que as pessoas matassem umas às outras (Mt 24:6).
O segundo selo descreve as consequências da rejeição ao evangelho, iniciada no segundo século. Enquanto Cristo travava uma guerra espiritual por meio da pregação do evangelho, as forças do mal apresentavam uma forte resistência. Isso resultou em perseguição. O cavaleiro não foi responsável pela matança. Em vez disso, quando ele tirou a paz da Terra, como resultado, ocorreu inevitavelmente a perseguição (veja Mt 10:34).
3. Leia Apocalipse 6:5, 6, Levíticos 26:26 e Ezequiel 4:16. Qual realidade associada à pregação do evangelho é referida na descrição do cavalo preto e de seu cavaleiro?_______________________________________________________________________________________________
O cavaleiro do cavalo preto possuía uma balança para pesar alimentos. Um anúncio foi feito: “Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário” (Ap 6:6). Naquela parte do mundo, o cereal, o azeite e o vinho eram as necessidades básicas da vida (Dt 11:14). Comer pão pesando cuidadosamente o cereal significava grande escassez ou fome (Lv 26:26; Ez 4:16). Nos dias de João, um denário era um salário diário (Mt 20:2). Em circunstâncias normais, com um salário diário era possível comprar todo o necessário para a família naquele dia. No entanto, uma escassez de alimentos inflacionaria muito o preço normal. Na cena do terceiro selo, levaria um dia inteiro de trabalho para que fosse possível comprar comida suficiente para apenas uma pessoa. A fim de alimentar uma pequena família, um salário diário seria usado para comprar três medidas de cevada, um alimento mais barato e inferior utilizado pelos pobres.
A cena do terceiro selo indica outras consequências da rejeição do evangelho, no contexto do quarto século, à medida que a igreja ganhava poder político. Se o cavalo branco representa a pregação do evangelho, o cavalo preto significa a ausência do evangelho, substituído por tradições humanas. O cereal na Bíblia simboliza a Palavra de Deus (Lc 8:11). A rejeição do evangelho inevitavelmente resulta em uma fome da Palavra de Deus semelhante à escassez profetizada por Amós (Am 8:11-13).
Terça-feira, 29 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 34–36
A cena do quarto selo
4. Qual cena é retratada em Apocalipse 6:7, 8? Reflita sobre como como ela está relacionada à anterior e complete as lacunas:
“E olhei, e eis um cavalo _______________ e o seu cavaleiro, sendo este chamado ______________; e o ______________ o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à _____________, pela _____________________, com a mortandade e por meio das feras da
Terra” (Ap 6:8).
A cor do cavalo no quarto selo é expressada pela palavra grega chloros, que é a cor cinza-pálido de um cadáver em decomposição. O nome do cavaleiro era Morte; enquanto isso, o Inferno [Hades], o lugar dos mortos, o acompanhava. Ambos receberam autoridade sobre um quarto da Terra para destruir as pessoas pela espada, fome, pragas e feras selvagens (Mt 24: 7, 8).
A boa notícia é que o poder da Morte e do Inferno [Hades] é muito limitado. Eles só receberam autoridade sobre uma parte (um quarto) da Terra. Jesus nos assegurou de que Ele tem as chaves do Inferno [Hades] e da Morte (veja Ap 1:18).
5. Recapitule o conteúdo das mensagens às igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira (Ap 2). Compare a situação nessas igrejas com as cenas da abertura dos primeiros quatro selos. Quais paralelos podemos observar entre elas?_______________________________________________________________________________________________
As cenas representadas nos sete selos descrevem a história da igreja. Assim como no caso das sete igrejas, os selos estão relacionados aos diferentes períodos da história cristã. Durante os tempos apostólicos, o evangelho se espalhou rapidamente por todo o mundo. Depois, houve o período de perseguição no Império Romano, desde o final do primeiro século até o início do quarto século conforme descrito na cena do segundo selo. O terceiro selo aponta para o período de transigência do quarto e quinto séculos, caracterizados por uma fome espiritual da Bíblia, que levou à “Idade das Trevas”. O quarto selo descreve apropriadamente a morte espiritual que caracterizou o cristianismo por aproximadamente mil anos.
Em Apocalipse 6:6, afirma-se que “o azeite e o vinho” não seriam afetados pela fome representada no terceiro selo. O azeite simboliza o Espírito Santo (1Sm 16:13; At 10:38), e o vinho novo a salvação (Mc 2:22). Mesmo quando a Palavra de Deus é escassa, o Espírito atua e a salvação está disponível aos que buscam a verdade?
Quarta-feira, 30 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 37, 38
A abertura do quinto selo
6. Leia Apocalipse 6:9, 10. O que ocorre nesses versos? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) O diálogo das almas desencarnadas que foram direto para o Céu.
B. (  ) Debaixo do altar, os mortos por causa da Palavra clamam simbolicamente ao Senhor por justiça sobre os habitantes da Terra.
A palavra alma na Bíblia denota a pessoa completa (Gn 2:7). O martírio do fiel e perseguido povo de Deus foi retratado aqui em termos do sangue sacrifical derramado na base do altar do sacrifício no santuário terrestre (Êx 29:12; Lv 4:7). O povo de Deus tem sofrido injustiça e morte por sua fidelidade ao evangelho. Ele clama a Deus, pedindo-Lhe que intervenha e o vingue. Esses textos tratam da injustiça cometida aqui na Terra; eles não falam sobre o estado dos mortos. Afinal, essas pessoas não parecem estar desfrutando a alegria do Céu.
7. Leia Apocalipse 6:11, Deuteronômio 32:43 e Salmo 79:10. Qual foi a resposta do Céu às orações do mártires?_______________________________________________________________________________________________
Os santos mártires receberam vestes brancas que representam a justiça de Cristo, o que levou à sua vindicação – Sua dádiva àqueles que aceitam Sua oferta de graça (Ap 3:5; 19:8). Em seguida, eles foram informados de que teriam que repousar até que se completasse o número de seus irmãos, que passariam por uma experiência semelhante. É importante notar que o texto grego de Apocalipse 6:11 não tem a palavra número. O Apocalipse não fala de um número de santos martirizados a ser alcançado antes do retorno de Cristo, mas da plenitude em relação ao seu caráter. O povo de Deus se torna pleno e perfeito pelo manto da justiça de Cristo, e não pelo seu próprio mérito (Ap 7:9, 10). Os santos mártires não serão ressuscitados nem vindicados até a segunda vinda de Cristo e o início do milênio (Ap 20:4).
A cena do quinto selo se aplica historicamente ao período anterior e posterior à Reforma, durante o qual milhões de pessoas foram martirizadas por causa de sua fidelidade (Mt 24:21). Ela também evoca a experiência do povo sofredor de Deus ao longo da história, desde o tempo de Abel (Gn 4:10) até o dia em que Deus finalmente vingará “o sangue dos Seus servos” (Ap 19:2).
“Até quando, ó Soberano Senhor?” Esse tem sido o grito do povo sofredor ao longo da história. Quem nunca lutou contra a injustiça? Que conforto você encontra na cena do quinto selo?
Quinta-feira, 31 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 39, 40
A abertura do sexto selo
No quinto selo, vemos o povo de Deus sofrendo injustiça neste mundo hostil e clamando pela intervenção do Senhor em seu favor. Chegou a hora de Deus intervir em resposta às orações de Seu povo.
8. Leia Apocalipse 6:12-14, Mateus 24:29, 30 e 2 Tessalonicenses 1:7-10.
O que é revelado nessas passagens?
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Os últimos três sinais do sexto selo foram aqueles preditos por Jesus em Mateus 24:29, 30. Eles deveriam ocorrer perto do fim da “grande tribulação” (Ap 7:14), em 1798, como precursores do segundo advento de Cristo. Como no caso da profecia de Cristo em Mateus 24, o Sol, a Lua, as “estrelas” (meteoros) e o Céu são literais nesse verso. O uso da palavra “como” apresenta uma imagem de uma coisa ou acontecimento real – o Sol se tornou preto como saco de crina, a Lua se tornou como sangue, e as estrelas caíram sobre a Terra como quando uma figueira deixa cair seus figos verdes. Os cristãos do mundo ocidental reconheceram o cumprimento das palavras de Jesus na sequência de cada um destes sinais: o terremoto de Lisboa, em 1755; o dia escuro de 19 de maio de 1780, vivido no leste de Nova York e no sul da Nova Inglaterra; e a espetacular chuva de meteoros no oceano Atlântico, em 13 de novembro de 1833. O cumprimento dessa profecia (Ap 6:12-14) levou a uma série de reavivamentos e à conclusão de que a vinda de Cristo estava se aproximando.
Leia Apocalipse 6:15 a 17. Leia também Isaías 2:19, Oseias 10:8 e Lucas 23:30. As cenas retratam pessoas, de todas camadas sociais, apavoradas, tentando se esconder do terror do cataclismo na vinda de Cristo. Elas pedem que as rochas e montanhas caiam sobre si a fim de se esconderem “da face Daquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro” (Ap 6:16). Chegou o momento para a administração da justiça, enquanto Cristo vem “para ser glorificado nos Seus santos” (2Ts 1:10). O fim dos perversos está descrito em Apocalipse 19:17 a 21.
A cena termina com a pergunta retórica dos ímpios aterrorizados: “É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6:17, ARC; veja também Na 1:6; Ml 3:2). A resposta a essa pergunta é apresentada em Apocalipse 7:4: o povo selado de Deus poderá subsistir naquele dia.
“Quem poderá suportar o dia da Sua vinda?” (Ml 3:2). Como você responderia a essa pergunta e quais razões bíblicas você daria para essa resposta? Leve suas respostas para a classe no sábado.

Sexta-feira, 01 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 1–4
Estudo adicional
Leia o capítulo “A Necessidade do Mundo”, do livro Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, de Ellen G. White, p. 457-460.
A visão da abertura dos sete selos indica, simbolicamente, o cuidado e a disciplina de Deus para com Seu povo na Terra. Como destacou Kenneth A. Strand: “Há, nas Escrituras, a certeza do cuidado constante de Deus para com Seu povo: na própria História Ele esteve sempre presente para sustentá-lo e, no grande desfecho escatológico, Ele lhe dará plena vindicação e uma recompensa incompreensivelmente generosa na vida eterna. O livro do Apocalipse retoma e expande de maneira bela esse mesmo tema e, portanto, ele não é, de nenhuma forma, um tipo de apocalipse fora de sintonia com a literatura bíblica em geral. Ele comunica o próprio cerne e substância da mensagem bíblica. De fato, conforme o Apocalipse ressalta enfaticamente, “Aquele que vive”, que venceu a morte e a sepultura (Ap 1:18), jamais abandonará Seus fiéis seguidores e, mesmo quando eles sofrerem o martírio, serão vitoriosos (Ap 12:11), tendo a “coroa da vida” à sua espera (veja Ap 2:10; 21:1-4; 22:4)” (Kenneth A. Strand, “The Seven Heads: Do They Represent Roman Emperors?”, em Symposium on Revelation, livro 2, Daniel and Revelation Committee Series. Silver Spring, Md.: Biblical Research Institute, 1992, v. 7, p. 206).
Perguntas para discussão
1. Quais lições valiosas você aprendeu com a cena da abertura dos sete selos? Não importa quanto as coisas sejam ruins na Terra, Deus ainda é soberano e, em última análise, todas as promessas que temos em Cristo serão cumpridas. Você crê nessas promessas?
2. Reflita sobre a seguinte declaração: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9). Pense em sua igreja. Ela poderia ser mais fiel para alcançar as pessoas com a mensagem do evangelho?
3. Quem pode suportar o dia da vinda do Senhor, e por que essas pessoas podem suportar? Como devemos viver hoje a fim de estar preparados para o dia da Sua vinda?
Respostas e atividades da semana:
1. Os quatro selos representam o que ocorreria com o povo de Deus ao longo da História e os juízos do Senhor, caso não se lembrassem de Sua aliança com eles.
2. Comente com a classe.
3. Comente com a classe.
4. Amarelo- morte – inferno – espada – fome.
5. O tempo da abertura dos quatro primeiros selos corresponde ao tempo retratado nas igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, sendo que o primeiro selo e a igreja de Éfeso representam a explosão do evangelho no século I; o segundo selo e a igreja em Esmirna representam o período de letargia dos cristãos; o terceiro selo e a igreja de Pérgamo representam os cristãos no período posterior a 313 d.C.; o quarto selo e a igreja de Tiatira representam o período das trevas da Idade Média.
6. B.
7. Eles receberam uma vestidura branca e lhes disseram que repousassem por pouco tempo até que se completasse o número de seus irmãos que também seriam mortos como eles tinham sido.
8. O Cordeiro abriu o sexto selo e houve sinais no Céu.

Resumo da Lição 5
Os sete selos
RESUMO DA LIÇÃO 5 – Os sete selos
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 5:5, 6
FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 6 descreve os eventos que ocorrem quando o Cordeiro abre os primeiros seis selos.
INTRODUÇÃO: O capítulo 6 retrata os seis primeiros selos. Essas cenas aparecem logo após a visão da sala do trono celestial no capítulo 5.
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. Os quatro cavaleiros retratam o avanço do evangelho e as consequências de sua rejeição (Ap 6:1-8).
Essa interpretação depende da identidade do cavalo branco e de seu cavaleiro (Ap 6:1, 2 [ver tema 1 na seção Comentário]).
II. O contexto básico dos quatro cavalos no Antigo Testamento envolve as maldições da aliança.
A aliança do Antigo Testamento, com suas bênçãos e maldições, é empregada no capítulo 6 como uma metáfora do evangelho.
III. Os juízos retratados em Apocalipse 6 afetam o povo de Deus.
A base para isso está nas promessas e ameaças da aliança apresentadas a Israel em Levítico 26 e Deuteronômio 32.
IV. A passagem que fala sobre as almas “debaixo do altar” não aborda o estado dos mortos.
O quinto selo (Ap 6:9-11) tem sido frequentemente usado para sustentar a consciência após a morte.
V. A leitura adventista do sexto selo apoia-se no texto.
Uma leitura atenta de Apocalipse 6:12-14 indica tanto um movimento no tempo quanto um significado literal de Sol, Lua e estrelas.
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Os alunos são convidados a explorar a relevância da interpretação historicista de Apocalipse 6:12-14 e a resposta à pergunta de Apocalipse 6:17.
PARTE II: COMENTÁRIO
Apocalipse 6 é claramente fundamentado no capítulo 5. O capítulo se inicia com “e” (em grego, kai eidon: “e vi”), indicando uma conexão com o que precede. No final do capítulo 5, o Cordeiro está segurando o livro (Ap 5:7, 8) e recebendo a adoração da hoste celestial (Ap 5:12-14). Ambos os capítulos começam com João dizendo “vi” (Ap 5:1; 6:1). Ao continuar olhando, João vê o Cordeiro abrindo selo após selo (Ap 6:1, 3, 5, 7, 9, 12).
Os eventos que ocorrem à medida que cada selo é aberto não são o conteúdo do livro. Todos os sete selos precisam ser rompidos antes que o livro possa ser desenrolado e seu conteúdo seja visto (veja Ap 6:14).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 5:
I. Os quatro cavaleiros (Ap 6:1-8) retratam o avanço do evangelho e as consequências de sua rejeição.
Essa interpretação depende da identidade do cavalo branco e seu cavaleiro (Ap 6:1, 2). Com exceção deste, todos os cavalos produzem aflições. Branco no Apocalipse sempre representa Cristo ou Seu povo. A coroa (grego: stephanos) usada pelo cavaleiro é a coroa da vitória. Com apenas uma exceção (Ap 9:7), esse tipo de coroa está sempre associado a Cristo e/ou a Seu povo no Novo Testamento. Nos cinco primeiros capítulos do Apocalipse, a palavra vencedor (em grego: nikôn, nikêsêi) também se refere constantemente a Cristo e a Seu povo (ver, por exemplo, Ap 3:21). Está claro que o cavaleiro no cavalo branco em Apocalipse 19 é Cristo, “o Verbo de Deus” (Ap 19:13), e esse cavaleiro corresponde ao de Apocalipse 6.
É evidente que o conceito de contrafações é um tema importante no Apocalipse, mas quando elas ocorrem estão sempre expostas como tais ao leitor. Por outro lado, em Apocalipse 6:1, 2 não há indício do mal. Embora o cavaleiro no cavalo branco em Apocalipse 19 use a coroa real (em grego: diadema), e não a coroa da vitória, a diferença é explicável pelos diferentes estágios do conflito. Apocalipse 6 representa a igreja militante, enquanto Apocalipse 19 representa a igreja triunfante. O foco dos quatro cavaleiros parece ser a vitória de Cristo e o avanço do evangelho e da resistência a este.
II. O contexto básico dos quatro cavalos no Antigo Testamento envolve as maldições da aliança.
O tema principal de Apocalipse 4 e 5 é a adoração a Deus como Criador e a dignidade do Cordeiro para aplicar Sua mediação celestial a fim de combater as ameaças na Terra ao reino de Deus. O tema de Apocalipse 6 é as maldições da aliança. A palavra “maldição” aqui não é profanação; antes, expressa as consequências da desobediência (Lv 26:21-26; Dt 32:23-25, 41-43; Ez 14:12-21). No Antigo Testamento, essas maldições eram espada, fome, pestilência e animais selvagens. Com frequência, as maldições eram sete (Lv 26:21, 24) e, na visão de Zacarias, foram executadas por quatro cavalos de cores diferentes (Zc 1:8-17, 6:1-8). No Antigo Testamento, a aliança era entre Deus e Israel. Suas bênçãos e maldições eram derramadas de maneira literal sobre a nação. No Novo Testamento, a fidelidade à aliança de Israel é determinada em relação a Cristo. Os fiéis a Cristo são abençoados (Jo 12:32; At 13:32, 33; 2Co 1:20), e aqueles que O rejeitam sofrerão a maldição da morte e a destruição eterna (Mt 25:41).
III. Os julgamentos retratados em Apocalipse 6 afetam o povo de Deus.
Apocalipse 6 fundamenta-se nas promessas da aliança e ameaças feitas a Israel em Levítico 26 e Deuteronômio 32. Enquanto os juízos das sete trombetas recaem sobre todos os ímpios (Ap 9:4, 20, 21), os juízos dos sete selos caem mais especificamente sobre o povo de Deus infiel. O reino de Satanás tem três partes em Apocalipse (Ap 16:13, 19), e os juízos das trombetas caem em diferentes regiões da Terra (Ap 8:7-12).
IV. A passagem sobre as almas debaixo do altar (Ap 6:9-11) não aborda o estado dos mortos.
Alguns leitores supõem que as almas debaixo do altar representam a consciência sem corpo após a morte. Se considerado de forma literal, o significado desse versículo seria contrário à ressurreição corporal (1Co 15:42-44, 53) e ao ensino de Gênesis 2:7, que vê a alma como como um todo, bem como Eclesiastes 9:5, que indica que não há consciência após a morte. Mas o texto do Apocalipse é claramente simbólico, ecoando a história de Caim e Abel (Gn 4:10, 11) e o altar do holocausto no santuário hebraico, que é o único objeto no santuário onde tudo acontece à sua base (Lv 5:9). As “almas” debaixo do altar não estão em um estado desencarnado no Céu. O altar do holocausto representa a cruz de Cristo e a perseguição dos crentes, coisas que acontecem na Terra, e os mártires só voltam à vida no início do milênio (Ap 20:4). Como foi o caso do sangue de Abel, os mártires são representados como estando na Terra, não no Céu. O clamor do sangue é uma forma metafórica de dizer que o que se fez a eles é mantido em memória por Deus até sua ressurreição na segunda vinda de Jesus (1Ts 4:16).
V. A interpretação historicista do sexto selo apoia-se no texto.
No livro O Grande Conflito e outros trabalhos pioneiros adventistas do sétimo dia, Apocalipse 6:12-14 é aplicado a eventos de um passado relativamente recente. O texto descreve dois terremotos separados por uma série de sinais celestes. A profecia do primeiro terremoto foi cumprida no terremoto de Lisboa ocorrido em 1755, que foi seguido pelo escurecimento do Sol, pelo fenômeno da Lua que se tornou vermelha como sangue em 1780, e pela queda das estrelas em 1833. A completa perturbação do céu e da superfície do planeta era vista como ainda futura. Sobre esse modo de ler Apocalipse 6:12-14, surgem duas perguntas razoáveis: (1) Toda a passagem é orientada pela frase de abertura: “Quando o Cordeiro abriu o sexto selo”. Portanto, a leitura gramatical mais natural é que todos os eventos na passagem ocorrem ao mesmo tempo, não separados por décadas. (2) Os terremotos, o Sol, a Lua e as estrelas devem ser tomados de forma literal, ou são símbolos de algum tipo de problema espiritual? Ambas as objeções podem ser respondidas por meio da observação atenta do texto grego. Primeiro, o terremoto no versículo 12 não ocorre ao mesmo tempo em que o do versículo 14. O terremoto no versículo 12 (“grande terremoto”; grego: sêmei megas) é paralelo ao terremoto de Apocalipse 11:13 (“grande terremoto"; grego: seismos megas). Esse terremoto ocorre antes do fim da provação (o que acontece no começo da sétima trombeta; ver Ap 10:7). Por outro lado, o movimento de todos os montes e ilhas (Ap 6:14) é paralelo a Apocalipse 16:20, bem depois do fim da provação. Portanto, se os dois terremotos são separados por um período de tempo indeterminado, é razoável que os outros eventos de Apocalipse 6:12-14 também possam se cumprir em momentos diferentes. Segundo, há três conjunções “como” (em grego: h?s) nos versículos 12 a 14. Em grego, essa conjunção regularmente introduz simbolismo, que funciona melhor quando o que vem antes do h?s é literal. Assim, o Sol real tornou-se negro “como” saco de crina, e a Lua tornou-se “como” sangue. As descrições são simbólicas, mas os corpos celestes são reais.
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Os adventistas do sétimo dia entenderam que Apocalipse 6:12-14 falava sobre o terremoto de Lisboa ocorrido em 1755, o dia escuro de 1780 e a queda das estrelas em 1833 – quase 100 anos de história. Como uma comparação com Mateus 24 ajuda ou prejudica essa interpretação? Qual é a recompensa espiritual de uma interpretação historicista do sexto selo? Algumas traduções de Mateus 24:30 (“Então” [nesse tempo]) começam associando todos os sinais celestes à segunda vinda de Jesus, que ainda é futura. Mas o grego simplesmente tem “e” (kai), portanto o texto original é tão aberto quanto Apocalipse 6:12-14 se mostrou. Mateus 24 apoia a interpretação historicista de Apocalipse 6. A visão historicista da profecia nos asseguram que (1) Deus está no controle da história, (2) Sua missão para o tempo do fim e para Seu povo do tempo do fim é clara, e (3) Ele Se importa profundamente com Seu povo, vingando os mártires (Ap 6:11), e protege o maior número possível de pessoas no caos satânico, pouco antes do retorno de Jesus (Ap 7:1-3).
2. A conclusão do capítulo 6 faz a pergunta: “Quem é que pode suster-se?” (Ap 6:17). Qual é a resposta bíblica para essa pergunta, e que relevância tem a resposta para hoje? Deus tem um povo que será capaz de suportar os últimos dias, quando a desordem na Terra atingirá seu ponto máximo. Assim como Jesus enfrentou Seus últimos dias antes do Calvário, os seguidores de Cristo serão igualmente dedicados ao seu chamado. Hoje todos nós devemos nos preparar para esse momento importante. Na próxima semana, discutiremos mais sobre esse assunto.
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domingo, 20 de janeiro de 2019

Digno é o Cordeiro

Lição 4
19 a 25 de janeiro
Digno é o Cordeiro
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 9–11
VERSO PARA MEMORIZAR: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Ap 5:5).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 4; 5; Ez 1:5-14; Ef 1:20-23; Hb 10:12; At 2:32-36
Na semana passada, examinamos as mensagens de Cristo para Seu povo na Terra. Agora, a visão de João passa da Terra para o Céu e se concentra no “que deve acontecer depois destas coisas” (Ap 4:1), o futuro.
A visão dos capítulos 4 e 5 ocorre na sala do trono celestial. A cena dos capítulos 4 e 5 retrata simbolicamente o controle que Deus tem da história e do plano da salvação. Contudo, antes da revelação do futuro, vemos a centralidade do ministério sumo sacerdotal de Cristo para Sua soberania sobre os eventos na Terra e a redenção da humanidade. Dessa maneira, os capítulos 4 e 5 apresentam a perspectiva celestial sobre o significado dos eventos futuros registrados no restante do livro.
Pode-se notar também que, enquanto as mensagens às sete igrejas foram escritas em linguagem um tanto direta, a partir de então, o livro emprega uma linguagem ainda mais simbólica que nem sempre é fácil de interpretar. Essa linguagem é tirada da história do povo de Deus, conforme registrada no Antigo Testamento. Uma interpretação correta do Apocalipse requer uma compreensão adequada de sua linguagem simbólica à luz do Antigo Testamento.
De 14 a 23 de fevereiro teremos Dez Dias de Oração e Dez Horas de Jejum. Prepare sua família e sua igreja para a breve volta de Jesus!
Domingo, 20 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 12, 13
Na sala do trono celestial
Começando em Apocalipse 4:1, Jesus convidou João a subir ao Céu para lhe mostrar uma visão geral da história, desde seus dias até o retorno de Cristo.
1. Os textos de Apocalipse 4:1-8, Ezequiel 1:26-28 e Apocalipse 5:11-14 descrevem a sala do trono celestial. O que esses versos ensinam sobre a natureza da sala do trono celestial?_______________________________________________________________________________________________
Através da porta aberta, o apóstolo viu o templo celestial e o trono de Deus. O trono simboliza o domínio de Deus e Sua autoridade para governar a criação, enquanto o arco-íris ao redor do trono significa a fidelidade de Deus às Suas promessas (Gn 9:13-16; Is 54:9, 10). Contudo, Satanás, que usurpou o domínio da Terra e é o adversário de Deus, tem contestado a autoridade divina. A questão central no grande conflito entre Deus e Satanás é sobre quem tem o direito de governar. O propósito do concílio celestial que João viu reunido na sala do trono era confirmar o legítimo governo de Deus sobre o Universo (Ap 4:1-8; 5:11-14).
2. Leia Apocalipse 4:8-11; 5:9-14. O que é revelado sobre a verdadeira adoração nessas passagens? No capítulo 4, por que o Senhor Deus é digno de adoração e, em Apocalipse 5:9-14, por que o Cordeiro é digno?_______________________________________________________________________________________________
O capítulo 4 do Apocalipse apresenta uma descrição geral da sala do trono no templo celestial e da adoração que ocorre repetidamente ali. Enquanto a adoração no capítulo 4 exalta o poder criador de Deus, o capítulo 5 celebra a redenção provida pelo Cordeiro que foi morto. Esses capítulos mostram que, na verdadeira adoração, narramos e celebramos os poderosos atos da criação e redenção de Deus. Ele, que criou o mundo em seis dias, tem o poder e a capacidade de também restaurá-lo à sua condição original e transformá-­­lo no lar eterno para Seu povo. Tudo isso Ele prometeu fazer.
Aquele que criou, não apenas a nós e o nosso mundo, mas todo o Universo, também é o “Cordeiro que foi morto” (Ap 5:12) por nós. Que esperança maravilhosa esse ensinamento nos concede, em meio a um mundo repleto de dor e turbulência?
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Segunda-feira, 21 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 14, 15
A assembleia celestial na sala do trono
A descrição dos anciãos em Apocalipse 4:4 revela que eles não são seres angelicais. Na Bíblia, o título “anciãos” é sempre usado para se referir ao ser humano. Diferentemente dos anjos, que estão sempre na presença de Deus, esses anciãos se sentam em tronos. As vestes brancas que eles usam são o traje do povo fiel de Deus (Ap 3:4, 5). As coroas da vitória (no grego, stephanos; Ap 4:4) em sua cabeça são reservadas exclusivamente para os santos vitoriosos (Tg 1:12). Todos esses detalhes sugerem que os 24 anciãos sejam os santos glorificados.
O número 24 é simbólico: ele consiste em dois conjuntos de 12, sendo o número 12 um símbolo do povo de Deus na Bíblia. Os 24 anciãos representam o povo de Deus em sua totalidade, tanto dos tempos do Antigo quanto do Novo Testamento. O número 24 também reflete os chefes dos 24 grupos de sacerdotes que se revezavam nos serviços do templo terrestre (1Cr 24:1-19).
O fato de os 24 anciãos nunca terem sido mencionados antes na Bíblia sugere que eles sejam um grupo novo na sala do trono celestial. Talvez eles sejam os que ressuscitaram no momento da ressurreição de Jesus (Mt 27:51-53).
Se esse é o caso, esses 24 anciãos que subiram com Cristo ao Céu tornaram-se representantes da humanidade, a fim de testemunhar a justiça das ações de Deus na realização do plano da salvação. Em Apocalipse 5:9, os 24 anciãos, juntamente com os quatro seres viventes (v. 8), prostram-­­se
em adoração diante do Cordeiro que foi morto, mas vive. Juntos, eles entoam um novo cântico, exaltando o Cordeiro como Aquele que é digno porque foi morto e, com Seu sangue, “comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”, e para Deus os constituiu “reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra” (Ap 5:8-10).
3. Em Apocalipse 4:6-8, também são mencionados os quatro seres viventes. Compare sua descrição com os quatro seres viventes em Ezequiel 1:5-14, 10:20-22, e com os serafins em Isaías 6:2, 3. O que aprendemos com essa comparação?_______________________________________________________________________________________________
Os quatro seres viventes simbolizam os seres exaltados que servem a Deus como Seus agentes e guardiões de Seu trono (Sl 99:1). Suas asas indicam simbolicamente sua rapidez na execução das ordens de Deus, e seus olhos apontam para sua inteligência. Sua presença, juntamente com os 24 anciãos e as miríades de anjos ao redor do trono (Ap 5:11), revela que, tanto o Céu quanto a Terra estão representados na sala do trono.
Terça-feira, 22 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 16, 17
O livro selado
4. Leia Apocalipse 5:1-4. À luz de Isaías 29:11, 12, qual é o significado do livro selado e por que João chorou? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) O selamento é a colocação de um enfeite para ornamentar o livro. João chorou de alegria.
B. (  ) O selamento indica que o livro não estava aberto à compreensão. João chorou por que ninguém podia abrir o livro.
O texto grego indica que o livro se encontrava no trono, na mão direita do Pai. O livro aguardava Aquele que era digno de pegá-lo e “lhe desatar os selos” (Ap 5:2).
Nas palavras de Ellen G. White, o livro selado contém “a história das providências de Deus, e a história profética das nações e da igreja. Nesse livro, estavam contidas as declarações divinas, Sua autoridade, Seus mandamentos, Suas leis, todo o conselho simbólico do Eterno e a história de todos os poderes que governam as nações. Em linguagem simbólica, estava contida naquele livro a influência de toda nação, língua e povo desde o início da história da Terra até seu fim” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 9, p. 7).
Em suma, o livro selado contém o mistério de Deus a respeito de Seus planos para resolver o problema do pecado e salvar o ser humano caído. A plena compreensão desse mistério ocorrerá na segunda vinda de Cristo (veja Ap 10:7).
5. Leia Apocalipse 5:5-7. Por que Cristo é o único em todo o Universo digno de pegar o livro selado e abri-lo? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Porque Ele é o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, vencendo, assim, a morte.
B. (  ) Porque Ele é a pessoa mais importante da Trindade.
A crise na sala do trono está relacionada com a rebelião de Satanás. Este planeta, embora criado por Deus, tem estado sob o domínio do usurpador, Satanás. O choro de João expressa as lágrimas do povo de Deus, desde Adão, pela salvação da escravidão do pecado. O livro selado continha o plano de Deus para a resolução do problema do pecado. Evidentemente, com Seu poder imensurável, o próprio Deus poderia executar esse plano. No entanto, a redenção da humanidade caída exigiu algo especial: a morte de Jesus. Ele, de fato, “venceu” e, portanto, era digno de abrir o livro, assumir o senhorio da Terra e Se tornar nosso Mediador no santuário celestial.
Quarta-feira, 23 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 18–20
Digno é o Cordeiro
6. Leia Apocalipse 5:8-14, Efésios 1:20-23 e Hebreus 10:12. De acordo com esses textos, o que deve nos dar grande esperança e conforto neste mundo que traz dor e desespero? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. (  ) Saber que Cristo recuperou o domínio de Satanás e restaurou o que Adão havia perdido.
B. (  ) Saber que haverá uma reencarnação dos mortos.
Quando Cristo, o Cordeiro, aproxima-Se do trono, Ele pega o livro. Esse ato mostra que toda autoridade e soberania pertencem a Ele (veja Mt 28:18; Ef 1:20-22). Nesse momento, todo o Universo reconhece o legítimo governo de Cristo sobre a Terra. O que foi perdido com Adão foi recuperado com Cristo.
Quando Cristo pega o livro, isso mostra que Ele tem o destino de toda a humanidade em Suas mãos. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos prostram-se diante Dele e O adoram, como fizeram em Apocalipse 5:9: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto.” Com esse ato de adoração, os anjos exaltados e os representantes da humanidade redimida confirmam o sacrifício de Cristo em favor da humanidade. Com Seu sangue, Ele pagou o resgate pelo ser humano caído e oferece-lhe toda a esperança de redenção e a promessa de um futuro que mal podemos imaginar.
Um número incontável de hostes angélicas se une então aos quatro seres viventes e aos anciãos ao redor do trono e dão louvores ao Cordeiro que foi morto e agora vive para fazer intercessão pela humanidade caída (Hb 7:25). Em uníssono, os ocupantes da sala do trono exclamam em alta voz: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12).
Naquele momento, todas criaturas no Céu e na Terra se reúnem oferecendo adoração real tanto ao Pai quanto a Cristo: “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 5:13). Seu louvor é respondido com um “Amém” por parte dos quatro seres viventes e, em seguida, os 24 anciãos se prostram, concluindo assim essa adoração entusiasmada na sala do trono celestial.
Os físicos especulam que um dia o Universo será destruído pelo fogo, ruirá ou simplesmente se fenderá. Que contraste com o futuro apresentado na Palavra de Deus! Como podemos, mesmo agora, nos alegrar com o futuro que nos espera?
Quinta-feira, 24 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 21–23
O significado do Pentecostes
No derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, relatado em Atos 2:1-4, confirma-se a realização de um dos eventos mais decisivos na história do plano da salvação: a investidura de Cristo em Seu ministério como Sumo Sacerdote e Rei no santuário celestial, após Seu sacrifício na cruz do Calvário (At 1:4-8; 2:33). Mediante Seu ministério sumo sacerdotal à destra de Deus Pai (Ap 5:6, 7), Cristo pode executar o plano da salvação até sua concretização final. Como nosso Mediador no santuário celestial, Jesus trabalha para nos salvar. Por meio Dele, os cristãos podem ter livre acesso a Deus e recebem o perdão para seus pecados.
7. Leia Atos 2:32-36 e João 7:39. Que esperança e encorajamento encontramos no fato de Jesus estar no Céu como nosso Sacerdote e Rei?_______________________________________________________________________________________________
A exaltação de Cristo no santuário celestial foi seguida pela descida do Espírito Santo sobre os discípulos. Em Apocalipse 5:6, mencionam-se os sete espíritos que foram “enviados por toda a Terra”. Como vimos em uma lição anterior, os sete espíritos indicam a plenitude da ação do Espírito Santo no mundo. Na entronização de Cristo, o Espírito foi enviado à Terra. Esse envio do Espírito foi uma das primeiras ações de Cristo como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Esse derramamento do Espírito Santo significa que Jesus havia Se apresentado perante o Pai e que Deus havia aceitado Seu sacrifício pela humanidade.
“A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida […]. Ao transpor as portas celestiais, Jesus foi entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi essa cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi, de fato, glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviou do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, havia recebido todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 38, 39).
Leia Hebreus 4:16 e 8:1. Que esperança e encorajamento encontramos na certeza de que Jesus recebeu, como Sacerdote e Rei, toda a autoridade no Céu e na Terra? Acreditar nessa verdade nos ajuda a lidar com as situações da vida e com a incerteza quanto ao futuro?

Sexta-feira, 25 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 24–27
Estudo adicional
Leia o capítulo “Para Meu Pai e Vosso Pai”, do livro O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White, p. 829-835. E o capítulo “O Dom do Espírito”, do livro Atos dos Apóstolos, de Ellen G. White, p. 47-56.
A mensagem de Apocalipse 4 e 5 é importante para o povo de Deus que vive no fim da história da Terra. A vinda do Espírito Santo no Pentecostes marcou o início da pregação do evangelho a todo o mundo; a mensagem central era sobre Jesus, que havia sido exaltado como Sacerdote e Rei à destra do Pai. Essa verdade sobre Jesus era a essência da crença dos primeiros cristãos (Hb 8:1) e a pedra angular da pregação dos discípulos (At 2:32, 33; 5:30, 31). Ela era sua motivação e fonte de fé e coragem diante das dificuldades (At 7:55, 56; Rm 8:34). Como resultado, muitas pessoas aceitaram a pregação deles. A partir daquele momento, o reino de Deus se manifestou e continua se revelando, mediante o ministério do Espírito Santo.
Nunca devemos nos esquecer de que somente as boas-novas da salvação podem transformar o coração humano e levar as pessoas a aceitar o chamado do evangelho eterno para temer a Deus, dar-Lhe glória e adorá-­­Lo(Ap 14:7). Nossa única esperança está em nosso Salvador, que é nosso Sacerdote e Rei no santuário celestial. Ele está com o Seu povo, e sempre estará com ele até o fim (Mt 28:20). Ele tem o futuro em Suas mãos.
Portanto, se desejamos alcançar sucesso na pregação da mensagem final à humanidade perdida e sofredora, devemos ter sempre em mente a essência do evangelho. Nada do que pregamos é mais importante do que a cruz e o que ela nos ensina sobre Deus.
Perguntas para discussão
1. Um dia estaremos no Céu, louvando o Senhor por Sua bondade, poder e graça. Viver em atitude de adoração nos ajuda na preparação para esse dia? Temos tido essa postura diante de tudo o que Ele tem feito?
2. Leia Apocalipse 4:11 e 5:9. Em quais duas funções vemos o Pai e o Filho nesses textos? Por que ambas são centrais para o plano da salvação? Por causa delas Deus é digno de nossa adoração? De que maneira o sábado e o que ele ensina são uma expressão dessas duas maravilhosas verdades sobre nosso Deus?
Respostas e atividades da semana:
1. Do Seu trono o Senhor reinará como Rei dos reis e Senhor dos senhores, e é digno da adoração de todos.
2. O louvor e a adoração ocorrem continuamente. Deus deve ser louvado não apenas por ser o Criador (Ap 4), mas por ser o Redentor (Ap 5).
3. Em Apocalipse 4:6-8, os quatro seres viventes possuem olhos na frente e atrás. O primeiro é como um leão, o segundo como novilho, o terceiro possui rosto de homem e o quarto é como a águia. Todos possuem seis asas e muitos olhos. Em Ezequiel 1:5-14, os quatro seres viventes tinham o rosto de homem de um lado, rosto de leão no lado direito, rosto de novilho no lado esquerdo e um rosto de águia. Os serafins de Isaías 6:2, 3 tinham seis asas; duas cobriam o rosto, duas cobriam os pés e com as outras duas eles voavam.
4. B.
5. A.
6. V; F.
7. A esperança real de que Jesus está intercedendo em nosso favor no santuário celestial.

Resumo da Lição 4
Digno é o Cordeiro
RESUMO DA LIÇÃO 4 – Digno é o Cordeiro
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 5:5, 6
FOCO DO ESTUDO: Nesta lição a ênfase será a visão celestial de Apocalipse 4 e 5 (Ap 4:1–5:14).
INTRODUÇÃO: A passagem abordada nesta lição está dividida em duas partes. Na primeira, há uma descrição geral da adoração celestial dirigida Àquele que está assentado no trono, Deus Pai (Ap 4:1-11). Na segunda, há um momento de crise na sala do trono celestial, mas isso é resolvido com a chegada do Cordeiro, Jesus Cristo (Ap 5:1-14).
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. Apocalipse 4 é uma descrição geral ou um evento único? Como veremos, os detalhes do texto respondem a essa pergunta.
II. O conceito bíblico de adoração
Adoração não tem a ver conosco, mas com o que Deus fez e com nossa resposta apropriada e sincera às Suas ações.
III. A identidade dos 24 anciãos
Os anciãos não são um grupo angelical; eles representam o povo de Deus.
IV. O significado do livro selado
O livro selado representa o plano de salvação de Deus.
V. A dignidade do Cordeiro
O Cordeiro é excepcionalmente digno de abrir o livro por causa de Sua combinação de humanidade e divindade.
VI. A progressão dos cinco hinos (Ap 4:8, 11; 5:9, 10, 12, 13)
A progressão enfatiza a divindade do Cordeiro.
VII. O conflito cósmico
O conflito é o pano de fundo desse cenário celestial.
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Os alunos são convidados a considerar as implicações dessa visão celestial para a adoração terrestre e para a compreensão do sábado.
PARTE II: COMENTÁRIO
No início do capítulo 4, João é convidado a ir ao Céu pela primeira vez (Ap 4:1). Esse capítulo é uma descrição geral da adoração contínua no Céu (ver evidência textual no tema 1 abaixo), na qual Deus, o Pai, é adorado por causa da Criação (Ap 4:11). Mas o capítulo 5 é um evento único de crise no Céu. Apresenta-se um problema que parece ser tão grande que talvez nem o próprio Deus possa resolvê-lo (Ap 5:1-4). Contudo, o impasse é solucionado quando aparece o Cordeiro, o Deus-Homem Jesus Cristo (ver tema V abaixo). Ele é adorado porque foi morto e é nosso Redentor. Esses fatos solucionam a crise no Universo (Ap 5:5-14).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 4:
I. Apocalipse 4 é uma descrição geral ou um evento único?
Três evidências indicam que o capítulo 4 não é um evento único, mas uma descrição geral da adoração celestial. (1) O trono no verso 2 não foi estabelecido; ao contrário, ele “estava” continuamente no Céu (grego: keitai, tempo imperfeito). (2) O canto no versículo 8 não é um episódio único; mas continua de dia e de noite. (3) O canto dos quatro seres viventes é continuamente repetitivo (“Toda vez que”, Ap 4:9, NVI).
II. O conceito bíblico de adoração
Em Apocalipse 4:11, a base da adoração é “que” Deus criou todas as coisas. Em Apocalipse 5:9, a adoração acontece “porque” o Cordeiro foi morto e redime. Em Apocalipse 11:17, a adoração acontece “porque” Deus começou a reinar. Todos os três versículos usam a palavra grega hoti, que significa a razão ou a base sobre a qual uma ação é tomada. Deus é adorado “porque” Ele fez algo. Em toda a Bíblia, adoração tem a ver com falar, cantar, recitar, repetir o que Deus fez (Dt 26:1-11; Sl 66:3-6; 78:5-15; 111:4). Inclui até mesmo a representação da morte e ressurreição de Jesus através do batismo (Rm 6: 3, 4) e da Ceia do Senhor (1Co 11:26). Adoração na Bíblia não diz respeito a nós, mas ao que Deus fez.
III. A identidade dos 24 anciãos
A lição afirma corretamente que o número 12 na Bíblia é usado com frequência como um símbolo do povo de Deus e que os 24 anciãos poderiam, portanto, representar o povo de Deus, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Mas o espaço não permitiu mencionar a evidência bíblica mais importante para essas afirmações. Em Mateus 19:28, Jesus disse a Seus discípulos que eles se sentarão em 12 tronos, e julgarão as 12 tribos de Israel. Esse versículo une o número 12, os tronos, os apóstolos e as 12 tribos. Em Apocalipse 21:12, os nomes das 12 tribos estão escritos nas portas da nova Jerusalém, enquanto os 12 fundamentos têm os nomes dos 12 apóstolos escritos neles (Ap 21:14). O número 24 acrescenta 12 a 12, como ocorre em Apocalipse 21. Em Apocalipse 7:4-8, além disso, o povo de Deus é descrito como 12 vezes 12 vezes mil (144 mil). O múltiplo de 12 é visto também na altura da muralha da nova Jerusalém, 144 côvados (Ap 21:17). Portanto, a melhor explicação para os 24 anciãos é que eles representam o povo de Deus tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
IV. O significado do livro selado
Pergunte à classe quantas podem ser as possibilidades de significado para o livro selado de Apocalipse 5. Algumas opções bíblicas incluem uma última vontade e testamento, a constituição de Israel (Deuteronômio), um registro da história humana, um emblema do direito do Cordeiro de governar, o registro de ações humanas, o livro da vida e uma lista de recompensas e punições para o comportamento humano (julgamento). Com base em um comentário de uma carta de Ellen G. White, a lição sugere que o livro contenha a história das providências de Deus e a história profética das nações e da igreja. A lição conclui que o livro selado representa o plano da salvação. João chorou (Ap 5: 4) porque o plano da salvação não seria implementado a menos que alguém fosse considerado digno de abrir o livro. Como sabemos que o livro (Ap 5:2; [grego: biblion]) é um pergaminho e não como os livros de hoje? Sabemos porque a mesma palavra é usada em Apocalipse 6:14, que diz “o céu recolheu-se como um pergaminho [grego: biblion] quando se enrola”.
V. A dignidade do Cordeiro
O Cordeiro é excepcionalmente digno de abrir o livro (Ap 5: 5, 6). O capítulo apresenta as duas principais qualidades do Cordeiro: Ele foi morto, o que indica a Sua natureza humana. Por outro lado, Ele é adorado junto com Aquele que está sentado no trono (Ap 5:13). Isso aponta para Sua divindade. O Deus-Homem é único em toda a história. De todos os seres inteligentes (ver Jo 1:3, 14), somente o Jesus divino-humano poderia revelar completamente o caráter de Deus e expiar o pecado, porque Ele é totalmente Deus e totalmente humano. Assim, inserida nessa visão simbólica está uma profunda cristologia, uma doutrina de quem Jesus Cristo é.
VI. Os cinco hinos enfatizam a divindade do Cordeiro (Ap 4: 8, 11; 5: 9, 10, 12, 13)
Nessa visão, a divindade de Cristo é enfatizada na progressão de cinco hinos. Os dois primeiros louvam Aquele que está assentado no trono (Ap 4:8, 11); O terceiro e quarto hinos louvam o Cordeiro (Ap 5:9-12); O quinto hino oferece adoração tanto Àquele que está assentado no trono como ao Cordeiro (Ap 5:13). O quinto hino é o clímax da série, em que bênção, honra, glória e poder são proclamados como pertencendo Àquele que Se assenta no trono e ao Cordeiro.
Uma segunda característica desses hinos também destaca o quinto hino. É o clímax de um grande crescendo no canto. O primeiro hino é cantado pelos quatro seres viventes (Ap 4:8). O segundo hino é cantado pelos 24 anciãos (Ap 4:11). O terceiro é cantado pelos quatro seres viventes e pelos 24 anciãos (Ap 5:9, 10). O quarto hino é cantado por mais de 100 milhões de anjos (Ap 5:11, 12). O quinto hino é cantado por todas as criaturas do Universo (Ap 5:13). Assim, o quinto hino é o clímax de um grande crescendo, no momento em que toda a atenção se concentra no trono, afirmando a divindade do Cordeiro.
VII. O conflito cósmico é o pano de fundo desse cenário celestial
Um aspecto notável de Apocalipse 4 e 5 é a total ausência de Satanás, apesar do fato de que a crise celestial tenha algo a ver com o conflito cósmico (veja Ap 2:9, 24). Mas o papel de Satanás em Apocalipse 4 e 5 é esclarecido em Apocalipse 12:10, que resume a cena do capítulo 5 com Cristo assumindo o poder. Contudo, isso acontece juntamente com a expulsão de Satanás, o “acusador dos nossos irmãos”. O versículo esclarece que Satanás acusa os irmãos “de dia e de noite”. Esse ato claramente lembra Apocalipse 4:8, em que os quatro seres viventres cantam a tríplice canção sagrada “de dia e de noite”. Seu constante louvor debilita as constantes acusações de Satanás, que não são mais ouvidas nem vistas. Satanás está ausente da cena dos capítulos 4 e 5, pois já havia sido expulso por causa da cruz.
PARTE III: APLICAÇÃO NA VIDA
1. Considerando as evidências bíblicas relativas à adoração no tema II acima, fale sobre a adoração em sua igreja local. É centrada em Deus ou nos adoradores? Ressalta o que Deus fez (criação, a cruz, as orientações diárias do Espírito) e nossa resposta à Sua obra, ou o que devemos fazer por conta própria? Entender e praticar essa verdade é o segredo para liberar o poder de Deus na igreja local. Se a adoração parece impotente, é porque não está centrada em Deus. Nos tempos bíblicos, quando as pessoas louvavam a Deus pelo que Ele havia feito por elas no passado, o poder do ato original de Deus era liberado no presente do adorador (2Cr 20:5-22; Dn 9:15; 10:19-21). A adoração não tem a ver conosco, mas com Deus. Adoração não é dizer um ao outro o que devemos fazer, mas lembrar a nós mesmos e um ao outro o que Deus fez por nós.
2. Qual é a relação entre Apocalipse 4 e 5 e o sábado? A adoração é apresentada a Deus e ao Cordeiro por causa da criação (Ap 4:11) e da salvação (Ap 5:9, 10). No Antigo Testamento, o sábado é o memorial tanto da criação (Êx 20:11) como do Êxodo, o grande ato da salvação de Israel (Dt 5:15). Assim, o sábado nos aponta os poderosos atos de Deus na criação, no Êxodo e na cruz. Guardar o sábado não é ganhar mérito com Deus. Quando nos lembramos do sábado, também estamos nos lembrando das grandes coisas que Deus fez por nós, e essa lembrança é o fundamento da verdadeira adoração.