domingo, 10 de fevereiro de 2019

As sete trombetas


Lição 7
09 a 15 de fevereiro
As sete trombetas
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Lv 23–25
VERSO PARA MEMORIZAR: “Nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai se cumprir o mistério de Deus, da forma como Ele o anunciou aos Seus servos, os profetas” (Ap 10:7, NVI).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 8:1-13; 10:1-11; 11:1-13; Nm 10:8-10; Ez 10:2; Dn 12:6, 7; Lv 16
Na cena do quinto selo, vimos que o clamor do povo oprimido de Deus reflete o clamor dos fiéis de todos os séculos. Esses fiéis foram descritos como almas que estavam debaixo do altar, clamando a Deus por justiça e vindicação, dizendo: “Até quando, ó Soberano Senhor?” (Ap 6:10). A voz do Céu exortou-os a aguardar, pois estava chegando o dia em que Deus julgaria aqueles que os haviam ferido. Em Apocalipse 6:15 a 17, descreve-­­se o retorno de Jesus à Terra, trazendo o juízo sobre os que fizeram mal a Seus seguidores fiéis.
A cena do quinto selo representa a experiência do povo sofredor de Deus ao longo da história, desde os dias de Abel até o momento em que Deus finalmente julgará e vingará “o sangue dos Seus servos” (Ap 19:2). O povo sofredor de Deus deve permanecer firme e acreditar que Ele ouve suas orações.
A visão das sete trombetas mostra que Deus já interveio, ao longo da história, em favor de Seu povo oprimido e julgou os que os prejudicaram. O propósito das sete trombetas é assegurar ao povo de Deus que o Céu não é indiferente a seu sofrimento.
Na próxima quinta-feira, 14 de fevereiro, iniciaremos os Dez Dias de Oração! Prepare sua família, seu pequeno grupo e sua igreja para o tempo do fim.
Domingo, 10 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 26, 27
As orações dos santos
Apocalipse 8 começa com uma imagem de sete anjos diante de Deus, prontos para tocar suas trombetas. Antes do toque das trombetas, outra cena é inserida. O propósito dela é explicar o significado teológico das trombetas.
Leia Apocalipse 8:3, 4, juntamente com a descrição dos serviços diários no templo em Jerusalém. Um comentário judaico sobre a Bíblia explica que, no sacrifício da tarde, o cordeiro era colocado sobre o altar do holocausto e o sangue era derramado na base do altar. Um sacerdote escolhido levava o incensário de ouro para dentro do templo e oferecia incenso no altar de ouro, no lugar santo. Quando o sacerdote saía, ele jogava o incensário no chão, produzindo um barulho forte. Nesse momento, sete sacerdotes tocavam suas trombetas, marcando o fim dos serviços do templo naquele dia.
Pode-se ver como a linguagem do serviço da tarde realizado no santuário é usada em Apocalipse 8:3 a 5. É significativo o fato de o anjo receber incenso no “altar de ouro que se acha diante do trono” (Ap 8:3). O incenso representa as orações do povo de Deus (Ap 5:8). As orações deles estão agora sendo respondidas por Ele.
Em Apocalipse 8:3 a 5, apresentam-se informações importantes sobre as trombetas no Apocalipse:
1. As sete trombetas são os juízos de Deus sobre a humanidade rebelde em resposta às orações de Seu povo oprimido.
2. As trombetas dão sequência à morte de Jesus como Cordeiro e continuam de maneira consecutiva ao longo da História até a segunda vinda de Cristo (veja Ap 11:15-18).
1. Leia Apocalipse 8:5 e Ezequiel 10:2. Como a visão de Ezequiel do fogo sendo lançado sobre a apóstata Jerusalém elucida a natureza das trombetas no Apocalipse?_______________________________________________________________________________________________
O anjo enche o incensário com o fogo do altar e o atira à Terra. Significativamente, esse fogo vem do altar sobre o qual foram oferecidas as orações dos santos. O fato de que o fogo vem do próprio altar mostra que os juízos das sete trombetas caem sobre os habitantes da Terra em resposta às orações do povo de Deus, e que Deus intervirá em favor deles em Seu tempo designado. O lançamento do incensário também pode ser uma advertência de que a intercessão de Cristo não durará para sempre. Haverá o fechamento da porta da graça (veja Ap 22:11, 12).
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Segunda-feira, 11 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 1–3
O significado das trombetas
Ao retratar as intervenções de Deus em favor de Seu povo, o Apocalipse usa a imagem das trombetas no Antigo Testamento. Elas eram uma parte importante do cotidiano de Israel (Nm 10:8-10; 2Cr 13:14, 15). Seu som lembrava as pessoas da adoração no templo; as trombetas também eram tocadas nas batalhas, na época da colheita e durante as festas.
O toque das trombetas andava de mãos dadas com a oração. Durante a adoração no templo ou durante as festas, as trombetas “lembravam” o Senhor de Sua aliança com Seu povo. Elas também lembravam o povo de se preparar para o “Dia do Senhor” (Jl 2:1). Durante a batalha, o som da trombeta dava instruções e advertências essenciais e clamava a Deus para que salvasse Seu povo. Esse conceito é o pano de fundo das trombetas no Apocalipse.
2. De acordo com Apocalipse 8:13; 9:4, 20, 21, quem sofrerá os juízos das sete trombetas?_______________________________________________________________________________________________
Os eventos desencadeados pelas trombetas indicam a intervenção de Deus na história em resposta às orações de Seu povo. Enquanto os selos dizem respeito principalmente aos que professam ser povo de Deus, as trombetas anunciam juízos contra a humanidade (Ap 8:13). Elas são advertências aos habitantes da Terra, a fim de que eles sejam levados ao arrependimento antes que seja tarde, pois o dia do juízo final chegará.
As sete trombetas percorrem o curso dos acontecimentos desde os dias de João até a conclusão da história da Terra (Ap 11:15-18). Elas são tocadas enquanto continua a intercessão no Céu (Ap 8:3-6), e o evangelho é pregado na Terra (Ap 10:8-11:14). Os juízos provocados pelas trombetas são parciais. Eles afetam apenas um terço da criação. A sétima trombeta anuncia que chegou o momento de Deus assumir Seu legítimo governo. As sete trombetas se aplicam aproximadamente aos mesmos períodos compreendidos pelas sete igrejas e pelos sete selos: (a) As duas primeiras trombetas anunciam juízos sobre as nações que crucificaram a Cristo e perseguiram a igreja primitiva, a saber, a rebelde Jerusalém e o Império Romano. (b) A terceira e quarta trombetas retratam o juízo celestial contra a apostasia da igreja cristã no período medieval. (c) A quinta e a sexta trombetas descrevem as facções rivais no mundo religioso no final da era medieval e na época pós-Reforma. Esses períodos são caracterizados por uma crescente ação demoníaca, que, por fim, atrai o mundo para a batalha do Armagedom.
Terça-feira, 12 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 4–6
O anjo com um livro aberto
A sexta trombeta nos leva ao tempo do fim. O que o povo de Deus é chamado a fazer durante esse período? Antes que a sétima trombeta seja tocada, ocorre um intervalo, explicando a missão e a experiência do povo de Deus no tempo do fim.
3. O que ocorre em Apocalipse 10:1-4?_______________________________________________________________________________________________
“O poderoso Anjo que instruiu João não era ninguém menos que Jesus Cristo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.084). Ele coloca Seus pés sobre o mar e sobre a Terra, significando que tem domínio universal e que a proclamação que Ele estava prestes a fazer tem um significado mundial. O Anjo brada como o rugido de um leão. Um bramido de leão simboliza a voz de Deus (veja Os 11:10; Ap 5:5).
João não teve permissão para escrever o que os trovões falaram. Há coisas sobre o futuro que Deus não nos revelou por intermédio do apóstolo.
4. Leia Apocalipse 10:5-7 e compare essa passagem com Daniel 12:6, 7. Quais palavras esses textos têm em comum?_______________________________________________________________________________________________
Quando o Anjo declara que “já não haverá demora” (Ap 10:6), a palavra grega chronos mostra que Ele Se refere a um período de tempo. Isso remete novamente a Daniel 12:6, 7, em que um anjo declara que a perseguição dos santos duraria um tempo, dois tempos e metade de um tempo, ou 1.260 anos (538 a.C. – 1798 d.C.), durante os quais a igreja foi perseguida pelo papado (compare com Dn 7:25). Visto que em Daniel e em Apocalipse um “dia” profético simboliza um ano (Nm 14:34; Ez 4:6), 360 “dias” equivalem a 360 anos, e três tempos e meio (ou “anos”) representam 1.260 “dias” ou anos. Algum tempo depois desse período profético, viria o fim.
A afirmação de que “já não haverá demora” (Ap 10:6) se refere às profecias de tempo de Daniel, especialmente os 2.300 dias proféticos de Daniel 8:14 (457 a.C. – 1844 d.C.). Após esse período, não haverá mais períodos de tempo proféticos. Ellen White declarou: “Esse tempo, que o Anjo mencionou com solene juramento […] é […] tempo profético, que precederia o advento de nosso Senhor. Ou seja, o povo não terá outra mensagem com tempo definido. Após o fim desse período de tempo, que vai de 1842 a 1844, não pode haver um esboço definido de tempo profético. O mais longo cômputo chega ao outono de 1844” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.085).
Por que devemos evitar a marcação de datas para os acontecimentos futuros?
Quarta-feira, 13 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 7, 8
Comendo o livro
Leia Apocalipse 10:8 a 11. Na Bíblia, o verbo “comer” é usado para descrever a aceitação de uma mensagem de Deus a fim de proclamá-la ao povo (veja Ez 2:8-3:11; Jr 15:16). Quando recebida, a mensagem é uma boa notícia; mas, quando é proclamada, às vezes resulta em amargura, pois muitos resistem a ela e a rejeitam.
A experiência agridoce de João ao comer o livro (que representa o livro de Daniel) está relacionada à revelação das profecias do tempo do fim, reveladas em Daniel. João representa aqui a igreja remanescente, comissionada a proclamar o evangelho eterno (veja Ap 14:6, 7) a partir do fim das profecias de tempo de Daniel (Dn 7:25; 8:14).
O contexto indica que a visão de João apontava para a experiência agridoce da conclusão do período profético de 2.300 anos. Quando, fundamentados nas profecias de Daniel, os mileritas pensaram que Cristo retornaria em 1844, essa mensagem foi doce para eles. No entanto, quando o Senhor não voltou como esperavam, eles experimentaram um amargo desapontamento. Então examinaram as Escrituras a fim de obter uma compreensão mais clara.
A comissão de João para profetizar novamente ao mundo aponta para os adventistas que guardam o sábado, levantados para proclamar a volta de Cristo em conexão com as profecias de Daniel e Apocalipse.
5. De acordo com Apocalipse 11:1, 2, o que João foi ordenado a fazer?_______________________________________________________________________________________________
Essa passagem dá continuidade à cena de Apocalipse 10. João foi ordenado a medir o templo, o altar e os adoradores. Na Bíblia, o conceito de medir se refere figurativamente ao juízo (veja Mt 7:2). O templo que devia ser medido está no Céu, onde Jesus ministra em nosso favor. A referência ao templo, ao altar e aos adoradores aponta para o Dia da Expiação (veja Lv 16:16-19). Esse dia era destinado a “medir”, visto que Deus julgava os pecados do povo. Portanto, em Apocalipse 11:1, há uma referência ao juízo que ocorre antes da segunda vinda de Jesus. Esse juízo diz respeito apenas ao povo de Deus, os adoradores no templo.
Em Apocalipse 11:1, revela-se que a mensagem do santuário celestial está no centro da proclamação final do evangelho, que inclui a vindicação do caráter de Deus. Como tal, ela apresenta a dimensão completa da mensagem do evangelho em relação à obra expiatória de Cristo e à Sua justiça como único meio de salvação para o ser humano.
Visto que o sangue era essencial para o Dia da Expiação (Lv 16), como manter diante de nós a realidade de que o juízo é uma boa notícia? Por que essa verdade é tão importante?
Quinta-feira, 14 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 9–11
As duas testemunhas
6. Leia Apocalipse 11:3-6. De que maneira as duas testemunhas refletem Zorobabel e Josué em suas funções reais e sacerdotais? (Veja Zc 4:2, 3, 11-14).
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A ideia de duas testemunhas vem do sistema jurídico judaico, que requer pelo menos duas testemunhas para que algo seja estabelecido como verdade (Jo 8:17). As duas testemunhas representam a Bíblia; o Antigo e o Novo Testamentos. As duas não podem ser separadas. O povo de Deus é chamado a proclamar ao mundo a mensagem completa das Escrituras: “toda a vontade de Deus” (At 20:27, NVI).
As testemunhas são retratadas profetizando em panos de saco durante o período profético de 1.260 dias/anos (538 d.C. – 1798 d.C.). O pano de saco é a vestimenta que representa o luto (Gn 37:34); ela indica o tempo difícil em que as verdades da Bíblia foram enterradas e encobertas pelas tradições humanas.
7. De acordo com Apocalipse 11:7-13, o que ocorreu com as duas testemunhas no final dos 1.260 dias/anos proféticos? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Elas foram mortas pela besta que surge do abismo. Porém, ressuscitaram após três dias e meio e subiram ao Céu.
B. (  ) Elas receberam sua recompensa e coroa de glória.
A besta que matou as duas testemunhas surge da própria morada de Satanás. Esse assassinato das testemunhas se aplica historicamente ao ataque ateísta à Bíblia e à abolição da religião em conexão com os eventos da Revolução Francesa. O sistema antirreligioso estabelecido na França possuía a degradação moral de Sodoma, a arrogância ateísta do Egito e a rebeldia de Jerusalém. O que ocorreu com Jesus em Jerusalém passa a ocorrer com a Bíblia por meio desse sistema antirreligioso.
A ressurreição das testemunhas indica o grande reavivamento do interesse na Bíblia após a Revolução Francesa, que resultou no surgimento do Movimento do Segundo Advento com sua restauração da verdade bíblica, no estabelecimento das sociedades bíblicas e na distribuição mundial da Bíblia.
Justamente antes do fim, o mundo testemunhará uma proclamação final e global da Palavra de Deus (Ap 18:1-4). Essa mensagem final provocará uma oposição fortalecida por entidades demoníacas, que realizarão milagres para enganar o mundo e atrair os adoradores da besta para uma batalha final contra as testemunhas fiéis de Deus (veja Ap 16:13-16; 14:12).
Dez Dias de Oração: Nestes últimos dias da História, ore por um reavivamento pessoal, por meio de uma comunhão viva com Deus.
Sexta-feira, 15 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 12–14
Estudo adicional
 sétima trombeta (Ap 11:15-18) sinaliza a conclusão da história terrestre. Chegou a hora de Deus revelar Seu poder. O planeta rebelde, que tem estado sob o domínio de Satanás, está prestes a voltar ao governo de Deus. Após a morte de Cristo e Sua ascensão ao Céu, Ele foi proclamado o legítimo soberano da Terra (Ap 12:10, 11). Satanás continua destruindo tudo o que pode, sabendo que seu tempo é curto (Ap 12:12). A sétima trombeta anuncia que o usurpador foi punido e que o mundo finalmente passou ao governo de Cristo.
A sétima trombeta resume o conteúdo do restante do livro: (1) As nações se enfureceram: em Apocalipse 12 a 14, Satanás é descrito como cheio de ira (Ap 12:17). Com seus dois aliados, a besta do mar e a besta da Terra, ele prepara as nações para lutar contra o povo de Deus. (2) Chegou, porém, a Tua ira: Deus responde à ira das nações com as sete últimas pragas (veja Ap 15:1). (3) O tempo determinado para serem julgados os mortos é descrito em Apocalipse 20:11-15. (4) Para se dar o galardão aos Teus servos: o cumprimento desse ponto é retratado em Apocalipse 21 e 22. (5) Para destruíres os que destroem a Terra: em Apocalipse 19:2, declara-se que Babilônia será julgada porque destruiu a Terra. A destruição de Satanás, seus exércitos e seus dois aliados é o ato final do grande conflito (Ap 19:11–20:15).
Perguntas para discussão
1. A pregação do evangelho pode ser uma experiência amarga (Ap 10:10); nossas palavras são rejeitadas. Quais personagens da Bíblia enfrentaram essas provações, e o que aprendemos com a experiência deles?
2. Reflita sobre a seguinte declaração: “Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem com base em tempo. Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 188). Qual é o problema com a elaboração de quadros proféticos excessivamente detalhados dos eventos finais após 1844? Como nos proteger das armadilhas que esses quadros produzem?
Respostas e atividades da semana:
1. O fogo vem do altar do Senhor, onde foram feitas as orações dos santos. Isso mostra que os juízos das sete trombetas caem sobre os habitantes da Terra em resposta às orações do povo de Deus.
2. Comente com a classe.
3. “Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o Sol, e as pernas, como colunas de fogo; e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a Terra, e bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes. Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas” (Ap 10:1-4).
4. Ambos falam de um homem/Anjo em pé sobre as águas/mar, que levanta a mão direita para o Céu e jura por Aquele que vive pelos séculos do séculos.
5. Comente com a classe.
6. As testemunhas, representadas por Zorobabel, governador de Judá, e Josué, sacerdote, profetizaram pelos 1.260 anos.
7. A.
Dez Dias de Oração: Jesus voltará! Ore por seus parentes, vizinhos e amigos de seu bairro, cidade ou região. Peça que Deus use você para salvá-los.
Resumo da Lição 7
As sete trombetas
RESUMO DA Lição 7 – As sete trombetas
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 10:7
FOCO DO ESTUDO: As sete trombetas (Ap 8:2–11:18) baseiam-se numa visão do ministério celestial e do altar do incenso (Ap 8:3, 4) e contêm um “interlúdio” (Ap 10:1–11:14) que apresenta o povo de Deus em meio à terrível sexta trombeta (Ap 9:13-21).
INTRODUÇÃO: O propósito das trombetas é esclarecido em conexão com o quinto selo (Ap 6:9-11). A referência ao incensário de ouro e ao altar do holocausto, bem como às orações dos santos em Apocalipse 8:3, 4 conectam as trombetas com a cena em Apocalipse 6: 9, 10. As sete trombetas respondem às orações dos santos reivindicando o julgamento daqueles que os perseguiram. Portanto, os eventos retratados nas trombetas provavelmente recaiam sobre os opositores do povo de Deus ao longo da história cristã.
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. O significado das trombetas na Bíblia
II. O início do toque das trombetas
III. O significado dos símbolos nas primeiras seis trombetas
IV. A relação do “interlúdio” com as sete trombetas
V. A alusão a Daniel 12 em Apocalipse 10
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Depois de ler sobre as trombetas, considere como elas e o quinto selo encorajam os que sofrem por causa do evangelho e revelam o destino dos que se opõem a ele.
PARTE II: COMENTÁRIO
As sete trombetas do Apocalipse (em especial Ap 8:2–9:21) é uma das passagens mais difíceis de se interpretar da Bíblia. Estudiosos adventistas não chegaram a um acordo sobre seu significado ao longo dos anos. Contudo, há aspectos da passagem que são razoavelmente claros e alguns deles são explanados a seguir.
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 7:
I. O significado das trombetas na Bíblia
As palavras gregas para trombetas e toque de trombetas ocorrem 144 vezes na tradução grega do Antigo Testamento. A grande maioria dessas referências (105 de 144) refere-se à sinalização de guerra, adoração e oração, ou uma combinação destas. A única passagem mais clara sobre o significado das trombetas é Números 10:8-10. No antigo Israel, somente os sacerdotes deviam tocá-las (Nm 10:8), mesmo na guerra. Portanto, há um significado espiritual que Israel deveria discernir no seu toque. O toque da trombeta podia representar uma oração a Deus pela intervenção na batalha (Nm 10:9). Da mesma forma, no templo e nos dias de festa, seu sonido convidava a intervenção espiritual de Deus na vida de Seu povo (Nm 10:10). Assim, o significado essencial das trombetas no Antigo Testamento é a oração fundamentada na aliança, pedindo a Deus que Se lembre do Seu povo.
A maioria das ocorrências de trombetas e toques de trombeta no Novo Testamento está em Apocalipse 8 e 9. À primeira vista, pode parecer que a sinalização na guerra seja o significado principal no caso das sete trombetas do Apocalipse, contudo, a conexão entre elas e o quinto selo (veja a Introdução acima) enfatiza o tema da oração como igualmente importante. As trombetas são uma resposta às orações dos santos (Ap 6:9,10; 8:2-6), e assegura-lhes que Deus notou seu sofrimento e, embora Ele possa parecer silencioso, já está agindo na história contra aqueles que os perseguiram (compare Ap 6:10 e Ap 8:13; ver “Aplicação Para a Vida”, número 1).
II. O início do toque das trombetas
O ato de lançar fogo sobre a Terra em Apocalipse 8:5 sugere a alguns intérpretes adventistas um vislumbre do fim do período de possibilidade de arrependimento. As sete trombetas parecem prever eventos no curso da história cristã até o fechamento da porta da graça. Várias indicações no texto fundamentam essa interpretação.
Primeiro, o padrão na primeira metade do livro é que as visões começam com a era do Novo Testamento e abrangem os eventos ao longo da história cristã. Segundo, qualquer que seja o significado do ato de lançar fogo sobre a Terra em Apocalipse 8:5, está evidente que a provação não termina com a sexta trombeta. A intercessão no altar ainda está ocorrendo (Ap 9:13), o evangelho ainda está avançando (Ap 10:11; 11:3-6). O tema IV a seguir mostra que o “interlúdio” de Apocalipse 10:1–11:13 deve ser incluído em nossa compreensão da sexta trombeta. Finalmente, a proclamação do evangelho termina e a provação se encerra completamente ao soar da sétima trombeta (Ap 10:7). Assim, as sete trombetas do Apocalipse parecem abranger todo o curso da história desde os dias de João até o final da provação e os eventos finais.
III. O significado dos símbolos nas primeiras seis trombetas
1. A primeira trombeta usa a linguagem do Antigo Testamento acerca dos juízos de Deus (saraiva, fogo e sangue - Êx 9:23-26; Is 10:16-20; Ez 38:22) dirigidos contra os símbolos do povo de Deus no Antigo Testamento (vegetação e árvores – Sl 1:1-3; Is 61:3; Jr 11:16, 17). Por isso, a sugestão da lição é que a primeira trombeta representa o juízo divino sobre a Jerusalém que rejeitou Cristo (Mt 23:37, 38; Lc 23:28-31).
2. A segunda trombeta lembra, em geral, os juízos de Deus sobre aqueles que se opuseram a Ele (Êx 7:19-21) e, em particular, a queda da antiga Babilônia (Jr 51:24, 25, 41, 42). A lição, portanto, associou essa trombeta à queda do império romano (observe que Pedro aparentemente indica que Roma era “Babilônia [1Pe 5:13]).
3. O simbolismo da terceira trombeta é paralelo às figuras bíblicas para a obra de Satanás (Is 14:12-19; Lc 10:18; Ap 12:9). Mas o simbolismo da estrela, nascentes, rios e água sugerem vida e crescimento espiritual (Sl 1:3; 84:6, 7; 119:105; Jr 2:13). A queda da estrela e o amargor das águas conectam as duas ideias, sugerindo perversão da verdade e aumento da apostasia. Sendo assim, a lição associou essa trombeta à condição da igreja na Idade Média.
4. Na quarta trombeta, as fontes de luz (Sol, Lua e estrelas) são escurecidas, os símbolos da verdade são parcialmente eclipsados. Esse escurecimento pode representar o aprofundamento da apostasia na igreja (Êx 10:21-23; Jó 38:2; Is 8:22; Jo 1:4-11; 3:18-21).
5. Com a quinta trombeta, a escuridão parcial da quarta torna-se total e mundial (Ap 9:1, 2). Isso representa o triunfo da apostasia religiosa e do secularismo na era moderna. Com Deus e a verdade totalmente eclipsados, a humanidade pecadora é deixada ao tormento demoníaco dos desejos destrutivos (Ap 9:3-11; Lc 10:17-20). A única segurança está em um relacionamento genuíno com Deus (Ap 9:4; Ef 1:13,14).
6. Enquanto as primeiras cinco trombetas têm muitas alusões ao antigo Egito, a sexta trombeta ecoa particularmente os relatos bíblicos sobre a antiga Babilônia. Há referências ao rio da Babilônia (Ap 9:14), à idolatria da Babilônia (Ap 9:20; Dn 5:4, 23) e à queda da Babilônia (Ap 9:21; Is 47:9-12). Há também muitos paralelos com a sexta taça (Eufrates, linguagem de batalha, figuras demoníacas - Ap 16:12-16). Assim, a sexta trombeta descreve uma oposição a Deus semelhante à da Babilônia do tempo do fim (Ap 17:4, 5).
IV. A relação do “interlúdio” com as sete trombetas
As trombetas focalizam os ímpios (Ap 9:4, 20, 21), mas o “interlúdio” (Ap 10:1–11:13) enfoca o povo de Deus. O “interlúdio”, no entanto, não é separado das trombetas; faz parte da sexta trombeta. Apocalipse 8:13 descreve três ais sobre os que vivem na Terra. O primeiro é a quinta trombeta (Ap 9:12). O segundo ai é a sexta trombeta, mas não termina até Apocalipse 11:14. Assim, a maior parte dos capítulos 10 e 11 são parte da sexta trombeta. Enquanto as forças do mal estão se reunindo para a crise final durante a sexta trombeta (Ap 9:16), as forças dos justos estão se reunindo para combatê-las (Ap 7:4; Ap 10:1–11:13).
V. A alusão a Daniel 12 em Apocalipse 10
Uma das mais claras alusões ao Antigo Testamento em todo o Apocalipse é encontrada no capítulo 10:5, 6. Essa passagem e Daniel 12:7 têm oito palavras principais em comum. Ambas as passagens têm figuras celestiais de pé sobre ou acima de corpos de água. Em ambos os casos, a figura celestial ergue a mão para o céu e jura por Aquele que vive para todo o sempre. A conexão entre “tempo, dois tempos e metade de um tempo” de Daniel 12:7 com o “não haverá mais demora” de Apocalipse 10:6 indica que o anjo de Apocalipse 10 está anunciando a conclusão das profecias de tempo de Daniel no contexto da sexta trombeta (preparação para os eventos finais; ver tema IV acima).
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
O conteúdo da passagem das sete trombetas não tem muita aplicação para a vida. Mas o professor poderia fazer as seguintes perguntas, com possíveis respostas sugeridas.
1. Como a conexão entre a introdução das trombetas (Ap 8:3-5) e o quinto selo (Ap 6:9-11) oferecem encorajamento para aqueles que sofrem em favor do evangelho hoje? O clamor dos mártires por julgamento no quinto selo é respondido pelas sete trombetas. A mensagem das trombetas é que Deus vê o sofrimento do Seu povo e responde à injustiça, não somente no fim dos tempos, mas ao longo do curso da história. Como Jó, nem sempre podemos entender o que Deus está fazendo, mas temos razão para confiar Nele, mesmo nos momentos mais sombrios.
2. Os juízos das duas primeiras trombetas recaem sobre aqueles poderes que se combinaram para crucificar Jesus (as autoridades religiosas de Jerusalém sob Caifás e a autoridade civil romana sob Pilatos). O que esse fato nos diz sobre a oposição ao evangelho? A oposição ao evangelho tende a vir de duas formas distintas: de dentro e de fora da igreja. Jesus foi crucificado quando os líderes de Israel (de dentro) se combinaram com poderes externos (Roma). A maior oposição muitas vezes vem daqueles que professam a mesma fé, mas são realmente lobos em pele de ovelha.
Uma dinâmica semelhante é vista na parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32). O pai é rejeitado pelo filho que ficou. Embora pareça ser leal, no final, ele é motivado pelo ganho egoísta.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

O povo de Deus selado

Lição 6
01 a 08 de fevereiro
O povo de Deus selado
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Lv 20–22
VERSO PARA MEMORIZAR: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 7; 14:4, 5, 12; 17:5; 2Pe 3:9-14; Dt 8:11-17; Rm 3:19-24
Leia o capítulo  “Impecabilidade e Salvação”, do livro Mensagens Escolhidas, v. 3, de Ellen G. White, p. 353-357. A identidade dos 144 mil é uma questão polêmica. Parece evidente que os 144 mil são a última geração do povo de Deus. Sabemos que eles passarão pelo tempo de angústia e serão protegidos das sete pragas (veja Sl 91:7-16) e que sua lealdade será provada como jamais ocorreu no passado.
A identidade dessas pessoas é um dos segredos que Deus guardou para Si (Dt 29:29). Somente no futuro será revelado quem fará parte desse grupo. Em relação a esse mistério, recebemos uma advertência:
“Cristo diz que haverá na igreja pessoas que apresentarão fábulas e suposições, quando Deus deu verdades grandes, inspiradoras e de molde a enobrecer, as quais devem ser sempre conservadas no tesouro da memória. Quando as pessoas apanham esta e aquela teoria, quando são curiosas de saber alguma coisa que não lhes é necessário saber, Deus não os está conduzindo. Não é plano Dele que Seu povo apresente alguma coisa que eles supõem, a qual não é ensinada na Palavra de Deus. Não é Sua vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que não os ajudam espiritualmente, como: Quais pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão de, sem dúvida, saber em breve” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 174).
Perguntas para discussão
1. Pense nesta exortação: “Procuremos, com todo o poder que Deus nos tem dado, estar entre os 144 mil” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1084). Como praticar essas palavras?
2. Uma característica dos 144 mil é seu novo cântico. Ninguém mais poderá cantar esse cântico senão os 144 mil, pois é o cântico da experiência – uma experiência que nenhum outro grupo na história teve (Ap 14:3, 4; Ap 15:2, 3). Sua caminhada espiritual reflete um cântico de uma nova experiência com Deus? Ou sua vida reflete suas antigas histórias sem evidência de um compromisso atual?
3. Qual é a diferença entre simplesmente saber sobre Cristo e realmente conhecê-Lo? Você sabe como é Cristo?
Respostas e atividades da semana: 
1. Ventos – selo – danifiqueis.
2. B.
3. São os que vieram da grande tribulação. Suas vestes são brancas e eles têm palmas nas mãos. Eles clamam e adoram a Deus: “Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”.
4. “São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro” (Ap 14:4).
5. Eles não participaram da infidelidade de Babilônia. O fato de serem redimidos como primícias para Deus significa que eles não sofreram a corrupção da morte, pois foram trasladados.
6. A.
7. Porque, caso contrário, estaremos em risco de incorrer no perfeccionismo.

Domingo, 03 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 8–10
Retendo os ventos
1. Leia Apocalipse 7:1-3 e 2 Pedro 3:9-14. O que João viu? Por quanto tempo os anjos devem reter os ventos? O que ocorrerá quando o selamento for concluído? Complete as lacunas:
“Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da Terra, conservando seguros os quatro ___________ da Terra […]. Vi outro anjo […], tendo o ___________ do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, […], dizendo: Não ________________ nem a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus” (Ap 7:1-3).
No Antigo Testamento, os ventos representam forças destrutivas pelas quais Deus executa juízos sobre os ímpios (Jr 23:19, 20; Dn 7:2). “Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 614). Essas forças destrutivas estão sendo retidas pela intervenção divina enquanto ocorre o selamento do povo de Deus.
Nos tempos antigos, o principal significado do selamento era propriedade. O significado do selamento simbólico no Novo Testamento é que “o Senhor conhece os que Lhe pertencem” (2Tm 2:19). Deus reconhece Seu povo e o sela com o Espírito Santo (Ef 1:13, 14; 4:30). No tempo do fim, o selo na testa é concedido ao povo fiel de Deus, que guarda Seus mandamentos (Ap 14:1, 12). O selo de Deus não é uma marca visível colocada na testa, mas, como afirma Ellen G. White, significa “a consolidação na verdade, tanto intelectual como espiritualmente, de modo que [o povo de Deus] não possa ser abalado” (Eventos Finais, p. 220). Por outro lado, os que por fim se posicionarem do lado da besta receberão a sua marca (Ap 13:16, 17).
A fidelidade do povo selado de Deus foi provada em todas as gerações. No entanto, a prova de fidelidade na crise final será a guarda dos mandamentos de Deus (veja Ap 12:17; 14:12). De maneira especial, o quarto mandamento se tornará a prova de obediência ao Senhor (Ap 14:7). Assim como o sábado foi o sinal do povo de Deus nos tempos bíblicos (Ez 20:12, 20; Hb 4:9, 10), também será o sinal de lealdade a Deus na crise final.
No tempo do fim, o selo funciona também como um sinal de proteção contra as forças destrutivas das sete últimas pragas (veja Ez 9:1-11 como pano de fundo de Ap 7:1-3). Portanto, a questão levantada em Apocalipse 6:17 é finalmente respondida: os que permanecerão protegidos no dia da ira de Deus são o Seu povo selado.
Paulo nos advertiu a não entristecer o Espírito Santo por quem fomos selados (Ef 4:30). O que isso significa? Quais escolhas você pode fazer para não entristecê-Lo?
Segunda-feira, 04 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 11, 12
O povo selado de Deus
2. De acordo com Apocalipse 7:4-8, quantas pessoas receberam o selo de Deus? Reflita sobre o significado desse número específico e assinale a alternativa correta:
A. (  ) 200 milhões.
B. (  ) 144 mil.
O anúncio do número dos que foram selados marca a conclusão do selamento. João ouviu que o número deles era 144 mil, das 12 tribos de Israel. Esse texto não se refere a um número literal, mas ao seu significado. O número 144 mil é composto por 12 x 12 x 1.000. O número 12 é um símbolo do povo de Deus: as tribos de Israel e a igreja edificada sobre o fundamento dos 12 apóstolos (Ef 2:20). Portanto, o número 144 mil representa a totalidade do povo de Deus do tempo do fim – “todo o Israel” (judeus e gentios) que estiver preparado para o retorno de Cristo e que será trasladado sem passar pela morte (Rm 11:26; 1Co 15:51-53).
As 12 tribos listadas em Apocalipse 7 não são, evidentemente, literais, pois as 12 tribos de Israel, que incluíam tanto o reino do Norte como o do Sul, não existem mais hoje. As 10 tribos do reino do Norte foram levadas ao cativeiro durante a conquista assíria (2Rs 17:6-23), onde se integraram a outras nações. Portanto, as 12 tribos não constituem o judaísmo hoje.
Além disso, a lista das 12 tribos em Apocalipse 7 é diferente de todas as demais encontradas nas Escrituras (compare com Nm 1:5-15; Ez 48:1-29).Judá foi listada como a primeira tribo (Ap 7:5), em lugar da tribo de Rúben (compare com Nm 1:5). A tribo de Dã, incluída nas listas de Números 1 e de Ezequiel 48, foi omitida da lista de Apocalipse 7. Possivelmente Efraim tenha sido referida como José, e Dã foi substituída por Levi.
O motivo aparente da exclusão da tribo de Dã, da lista de Apocalipse 7, é que, no Antigo Testamento, ela é retratada algumas vezes de modo negativo em virtude da apostasia (Gn 49:17; 1Rs 12:29).
A lista das tribos de Apocalipse 7 não é histórica, mas espiritual. A ausência de Dã e a não menção de Efraim nessa lista sugere que a infidelidade dessas 2 tribos não tem lugar entre o povo de Deus selado (Os 4:17). Ademais, o Novo Testamento se refere à igreja como as 12 tribos de Israel (Tg 1:1). As 12 tribos de Apocalipse 7 representam todo o povo de Deus que perseverar até o fim, judeus e gentios.
Quais certezas bíblicas o Senhor concede aos que vivem durante o tempo da angústia?

Terça-feira, 05 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 13, 14
A grande multidão
3. Leia Apocalipse 7:9, 10. Qual grupo de santos João viu? Como eles foram descritos, e de onde vieram? O que eles clamavam diante do trono de Deus?_______________________________________________________________________________________________
João viu uma “grande multidão que ninguém podia enumerar”, os que vieram “da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:9, 14). Ou seja, eles são um grupo especial de pessoas que, apesar das tribulações que enfrentaram, permaneceram fiéis a Jesus, uma fidelidade simbolizada pelo fato de que estão cobertas nas vestes de Sua perfeita justiça. A palavra “tribulação” é usada com muita frequência na Bíblia para se referir aos sofrimentos dos cristãos por causa de sua fé (veja, por exemplo, Êx 4:31; Sl 9:9; Mt 24:9; Jo 16:33; Rm 5:3). Portanto, embora alguns intérpretes adventistas considerem esse grupo uma outra representação dos 144 mil, podemos entender a “grande multidão” como uma referência a todos os redimidos que sofreram por sua fé ao longo dos séculos.
Na descrição que João fez da “grande multidão” que ninguém podia enumerar, vemos também, como em toda a Bíblia, o grande tema da salvação pela graça. Os redimidos reivindicam a salvação, a vida eterna, o novo céu e a nova Terra somente por conta da justiça de Cristo, concedida a eles pela graça.
“Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda e intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a “multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos” (Ap 7:9). Terminou sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 665).
Somos cobertos pela justiça de Cristo, um dom da fé. Mas como podemos manter essa fé e permanecer fiéis em meio às provações e tribulações? E o mais importante, de que modo podemos manter a fidelidade em tempos de sossego e prosperidade? (veja Dt 8:11-17).

Quarta-feira, 06 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 15, 16
Os seguidores do Cordeiro
4. De acordo com Apocalipse 14:1-5, quais são as três principais características dos 144 mil? Como elas estão relacionadas à descrição dos santos do tempo do fim, em Apocalipse 14:12?_______________________________________________________________________________________________
O texto de Apocalipse 14:4 e 5 é uma descrição dos 144 mil que se ajustam com o povo de Deus dos últimos dias, “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Embora tenham experimentado a plenitude da ira de Satanás na crise final, eles permaneceram firmes por causa de seu relacionamento íntimo com Jesus.
5. À luz de Apocalipse 17:5, em que sentido os 144 mil não se macularam com mulheres? Como a pureza de seu caráter se relaciona com o fato de que eles são redimidos da Terra como “primícias para Deus” (Ap 14:4)?_______________________________________________________________________________________________
A imoralidade sexual é um símbolo de infidelidade para com Deus. Em Apocalipse 17:5, mencionam-se a prostituta do fim dos tempos, Babilônia, e suas filhas, com quem todos os povos do mundo cometerão fornicação (veja Ap 18:3). No entanto, os 144 mil permanecerão leais a Cristo e resistirão às relações corrompidas com Babilônia e as igrejas apóstatas. Portanto, os 144 mil seguem o Cordeiro “por onde quer que vá” (Ap 14:4).
Os 144 mil foram descritos também como os “redimidos dentre os homens” como “primícias para Deus e para o Cordeiro” (Ap 14:4). No antigo Israel, as primícias eram os melhores frutos da colheita oferecidos a Deus (Nm 18:12). A palavra primícias se refere aos salvos, distintos do povo no mundo (veja Tg 1:18), mas em Apocalipse os 144 mil são claramente um grupo especial porque foram trasladados sem passar pela morte (1Co 15:50-52). Portanto, são as primícias da maior colheita de salvos de todos os tempos (veja Ap 14:14-16).
Estamos em perigo de cometer prostituição espiritual? Por que nos enganamos se pensarmos que não estamos correndo esse perigo?
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Quinta-feira, 07 de fevereiro
Ano Bíblico: Lv 17–19
Salvação ao nosso Deus e ao Cordeiro
6. Leia Apocalipse 14:5, 2 Pedro 3:14 e Judas 24, 25. O Apocalipse descreve o povo de Deus no tempo do fim como sem “mácula”. De que modo podemos alcançar esse estado? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Pela confiança na justiça divina para o perdão e fidelidade a Deus.
B. (  ) Tornando-nos impecáveis, sem nenhum pecado.
A característica final dos 144 mil é que “não se achou mentira na sua boca; não têm mácula” (Ap 14:5). Enquanto as pessoas do mundo escolhem acreditar nas mentiras de Satanás, o povo de Deus acolherá o amor da verdade para ser salvo (2Ts 2:10, 11).
A expressão “sem mácula” (amomos no grego, “irrepreensível”) se refere à fidelidade dos 144 mil a Cristo. Na Bíblia, o povo de Deus é chamado de “santo” (Lv 19:2; 1Pe 2:9). Abraão (Gn 17:1) e Jó (Jó 1:1) foram irrepreensíveis. Os cristãos são chamados para ser santos e sem mácula diante de Deus (Ef 5:27; Fp 2:15).
7. Leia Romanos 3:19-24. Por que devemos manter sempre em mente a verdade essencial apresentada nessa passagem?_______________________________________________________________________________________________
Nos últimos dias da história do mundo, os 144 mil refletirão o caráter de Cristo. Sua salvação revelará o que Cristo fez por eles, em vez de sua própria santidade e obras (veja Ef 2:8-10). Os 144 mil lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro (Ap 7:14) e, portanto, são achados “sem mácula e irrepreensíveis” diante de Deus (2Pe 3:14).
“Precisamos ser refinados, purificados de toda mundanidade, até que reflitamos a imagem de nosso Salvador e nos tornemos participantes da natureza divina […]. Quando terminar o conflito da vida, quando a armadura for deposta aos pés de Jesus, quando forem glorificados os santos de Deus, então, e só então, será seguro afirmar que estamos salvos e sem pecado” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 355, 356). Como podemos ter uma vida santificada, em preparação ativa para a eternidade e, no entanto, não cair nas armadilhas do perfeccionismo?
Resumo da Lição 6
O povo de Deus selado
RESUMO DA LIÇÃO 6 – O povo de Deus selado
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO CHAVE: Apocalipse 6:17
FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 7 responde à pergunta de Apocalipse 6:17: Quem subsistirá à segunda vinda de Jesus?
INTRODUÇÃO: Apocalipse 7 revela a importância de ser selado a fim de sobreviver às calamidades que acompanham a segunda vinda de Cristo.
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. O significado dos selos e do selamento
Documentos são selados para ocultar ou validar seu conteúdo. As pessoas são seladas como um sinal de propriedade ou de proteção.
II. Efésios 4:30 e o conflito cósmico
No contexto, a tristeza do Espírito é uma versão localizada do conflito cósmico.
III. O número 144 mil é literal ou simbólico?
A lição interpreta o número como simbólico, o que é sustentado no tema III, na parte 2.
IV. Os 144 mil e a grande multidão são dois grupos diferentes ou duas maneiras de descrever o povo de Deus no fim dos tempos?
A lição é ambígua quanto à resposta a essa pergunta. Veja a discussão adicional sobre esse assunto na seção “Comentário”, na parte II.
V. Romanos 3:19-24 e o significado da expressão “não têm mácula” (Ap 14:5).
A lição faz referência a Romanos 3 para argumentar contra uma interpretação perfeccionista para a expressão “não têm mácula”. Esse argumento é explanado na parte II da seção Comentário.
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Os membros da classe são convidados a refletir sobre a restrição divina do mal no mundo de hoje, e acerca dos significados das figuras militares em Apocalipse 7:1-8 e do novo cântico que somente os 144 mil podem cantar (Ap 14:3).
PARTE II: COMENTÁRIO
O capítulo 7 é inserido como um parêntese entre o sexto (Ap 6:12-17) e o sétimo selos (Ap 8:1). O capítulo 6 termina com os opositores de Deus chamando os montes e os rochedos para escondê-los da face de Deus e da ira do Cordeiro (Ap 6:15, 16). Então, eles concluem com a declaração comovente: “porque é vindo o grande Dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6:17; ARC). Essa pergunta é respondida no capítulo 7 com o surgimento de dois grupos, os 144 mil (Ap 7:4-8) e a grande multidão (Ap 7:9-14). A fim de sobreviver às calamidades que acompanham a segunda vinda de Jesus, é necessário ser selado (Ap 7:1-3). O resultado final é um povo que permanece sem mácula diante do trono de Deus (Ap 14:5), e O serve em Seu templo (Ap 7:15). O propósito de Apocalipse 7 e 14, dentro de seu contexto mais amplo, é identificar como será o povo de Deus antes da segunda vinda de Jesus.
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 6:
I. O significado dos selos e do selamento
No mundo antigo, selar um livro tinha dois propósitos principais. Alguém selava um livro para esconder de vista seu conteúdo (Is 29:11; Ap 10:4) ou para validar o conteúdo como autêntico ou oficial (1Rs 21:8, Et 8:8; Jr 32:44). O propósito básico de selar o livro em Apocalipse 5 parece ser ocultar seu conteúdo. O livro já era validado por estar em posse de Deus. Romper os selos e abrir o livro mostraria seu conteúdo.
Um emprego mais simbólico da palavra selamento tinha a ver com pessoas. Selar alguém podia ser um sinal de propriedade (Ef 1:13; 4:30; 2Tm 2:19; Ap 14:1) ou de proteção (Ez 9:4-6). No judaísmo primitivo, o selamento estava associado à circuncisão. No cristianismo do segundo século, o selamento estava associado ao batismo. Assim, o fato de Deus selar o povo seria um sinal de que eles pertencem a Ele (2Tm 2:19; Ap 9:4) e que o Senhor conhece os que Lhe pertencem. Num sentido espiritual, o selamento confirma que a pessoa está com Deus. Mas o selamento de Apocalipse 7 é diferente. Ali os “servos do nosso Deus” (Ap 7:3, já selados no primeiro sentido) são selados como uma proteção contra as calamidades que acompanham o tempo do fim (Ap 6:15–7:3). Veja o primeiro ponto da seção “Aplicação Para a Vida”.
II. Efésios 4:30 e o conflito cósmico
À luz da discussão exposta acima, alguns podem se surpreender com o fato de que a lição se refere a Efésios 4:30 no contexto desse selamento protetivo no fim dos tempos. O contexto de Efésios 4:30 é uma lista de comportamentos morais que entristecem o Espírito (Ef 4:25–5:2). Mas há um elemento apocalíptico para essa lista de comportamentos. Os crentes não devem “dar lugar ao diabo” (Ef 4:27); em vez disso, devem ser imitadores de Deus (Ef 5:1). Portanto, entristecer o Espírito está no contexto do conflito cósmico entre Deus e Satanás. O crente deve imitar o caráter de Deus (verdade, honestidade, fala amável e encorajadora, bondade, ternura, perdão, amor, sacrifício próprio), em lugar do caráter de Satanás (mentira, ódio, roubo, linguagem abusiva, amargura, dureza de coração, calúnia, ira). Como é o caso do livro do Apocalipse, as pequenas batalhas do trabalho diário de desenvolvimento do caráter estão ligadas ao conflito muito maior no Universo.
III. O número 144 mil é literal ou simbólico?
Deve-se dar preferência à leitura simbólica do número. 1. Em nenhum outro lugar a lista das 12 tribos é apresentada dessa forma; não é uma lista literal. Como prova disso, Judá é listado em primeiro lugar, em vez de Rúben. José (pai de Efraim e Manassés) substitui Efraim. A lista não contém a tribo de Dã, e Levi está incluído (compare Nm 1:5-15; 13:4-15). Eles também não estão listados na ordem de nascimento (Gn 49:3-28).
2. Apocalipse 1:1 nos diz que todo o livro do Apocalipse foi “significado” [notificado, ARA] (em grego: esêmanen, muitas vezes traduzido como “tornado conhecido”) em linguagem simbólica que se refere ao futuro. Assim, no Apocalipse, a melhor maneira de abordar o texto é tratar tudo como símbolo, a menos que seja óbvio que o significado pretendido é literal.
3. Interpretar as tribos como descendentes literais de Jacó contraria o fato de que pelo menos 10 dessas tribos estão essencialmente perdidas para a história. Alguns judeus ainda podem traçar sua linhagem até Judá, Benjamim ou Levi, mas não os demais.
IV. Os 144 mil e a grande multidão são dois grupos diferentes ou duas maneiras de descrever o mesmo povo de Deus no fim dos tempos?
Alguns acreditam que os dois grupos sejam diferentes; outros creem que sejam o mesmo grupo. Nesta lição, veremos dois argumentos que sustentam que os dois grupos são o mesmo.
No Apocalipse, os termos usados para o povo de Deus no tempo do fim são, com frequência, intercambiáveis.
João jamais vê os 144 mil no capítulo 7; ele ouve o número (Ap 7:4), mas, “depois destas coisas”, quando ele olha, vê um grupo que ninguém pode numerar, uma grande multidão (Ap 7:9). Diz-se que esse é um padrão literário no Apocalipse. João ouve uma coisa (Leão), então vê o seu oposto (Cordeiro); mas os dois são maneiras diferentes de descrever uma única realidade (Ap 5:5, 6; veja também Apocalipse 1:10-12; 17:1, 3).
Por outro lado, há muitos que acreditam que os 144 mil e a grande multidão são dois grupos diferentes: o primeiro representando o povo de Deus no tempo do fim e o último representando o povo de Deus ao longo da história. Aqueles que apoiam essa visão geralmente apontam as diferenças entre os grupos. Os 144 mil são um número das 12 tribos de Israel que são vistos na Terra e aparecem antes que os quatro ventos sejam liberados. Em contraste com isso, a grande multidão não pode ser contada, procede de todas as nações, é vista diante do trono e aparece após a grande tribulação. Além disso, Apocalipse 14:1-5 também distingue os 144 mil desse grupo.
V. Romanos 3:19-24 e o significado da expressão “não têm mácula” (Ap 14:5)
Romanos 3 deixa claro que não há nada que o ser humano possa fazer para merecer justificação diante de Deus (Rm 3:20). Todos pecaram e, portanto, estão destituídos da glória divina (Rm 3:23). O tempo presente da expressão “carecem” [destituídos estão], (em grego, husterountai) significa que sempre precisaremos de um Salvador e do perdão que o sacrifício Dele nos propiciou. Nada mudará até que os pecados sejam apagados e recebamos o toque final da imortalidade. Portanto, a expressão “não têm mácula” não significa estar sem a necessidade de perdão, mas que as pessoas mantêm um tipo de lealdade em que elas prefeririam morrer a pecar. Os 144 mil confiam em Jesus para conservar suas vestes limpas (Ap 7:14) e são inflexíveis em sua obediência Àquele que os redimiu (Ap 14:4, 5). Afinal de contas, é Sua justiça.
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Ao refletir sobre Apocalipse 7:1-3, você crê que estamos vivendo no tempo em que Deus está restringindo as forças do mal ou que elas estão sendo liberadas? Se o Senhor é quem as está restringindo, quem é que está causando todo dano? Quando Deus age em juízo, por que Ele faz isso? Algumas respostas possíveis:
Em muitos aspectos, os tempos turbulentos de hoje fazem parecer que tudo está desmoronando. Por outro lado, em comparação com os horrores do holocausto e da Segunda Guerra Mundial, as vítimas do terrorismo são relativamente menores e a maioria dos lugares parece razoavelmente segura. Então, alguém poderia argumentar que ainda vivemos em um período de restrição.
No livro do Apocalipse, a culpa pelos males do mundo cai claramente sobre Satanás (Ap 9:11; 12:12). Ele, não Deus, é o destruidor.
Quando Deus age em juízo, o propósito geralmente não é destruir, mas disciplinar Seu povo (como em Apocalipse 3:19; Hebreus 12:5-7) ou livrá-lo de danos causados pelas forças do mal (Ap 20:7-10). Satanás é implacável em sua busca pela destruição. Se não fosse pela influência restritiva do Espírito de Deus, as coisas seriam muito piores do que são agora. A execução do juízo final de Deus para destruir o pecado e os pecadores é chamada de “Sua obra estranha” (Is 28:21).
2. Por que há tantas figuras militares na Bíblia? A figura militar também é familiar para as pessoas hoje, dado que as notícias, e os filmes de ação e de suspense mantêm a guerra no centro da consciência de todos. Deus alcança as pessoas onde elas estão, usando uma linguagem familiar para ilustrar verdades espirituais. Uma leitura atenta do Apocalipse nos mostra que as batalhas mais importantes são muitas vezes “uma guerra de palavras e ideias”. A guerra no Céu é entre Cristo e o “acusador dos nossos irmãos” (Ap 12:10, 11). Os que subsistirão à batalha do Armagedom são os que praticam vigilância espiritual (Ap 16:14-16).
3. Qual é o significado de “cântico novo” em Apocalipse 14:3? Por que ninguém pode cantar esse cântico, exceto os 144 mil? Os 144 mil têm uma experiência única, pois passam pelos eventos do tempo do fim que moldam o caráter (Ap 7:1-3, 14:1-5). As tribulações desse tempo desenvolverão neles uma apreciação única por Cristo que não teria acontecido de outra forma. Deus não deseja os problemas do tempo do fim, mas Ele os usa para acentuar a semelhança de Cristo em Seus seguidores. Os crentes do tempo do fim poderão então desempenhar um papel único na eternidade (Ap 7:14, 15; ver tema IV na seção “Comentário”).