domingo, 24 de fevereiro de 2019

Satanás e seus aliados


Lição 9
23 de fevereiro a 01 de março
Satanás e seus aliados
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 33, 34
VERSO PARA MEMORIZAR: “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 12:14-16; 13; 17:8; Dn 7:24; 2Ts 2:2-12; 1Rs 18:38
O capítulo 12 de Apocalipse descreve os ataques de Satanás contra o povo de Deus, incluindo a perseguição empreendida por Roma pagã e posteriormente por Roma papal durante os 1.260 dias/anos (538 d.C. a 1798 d.C.; veja Ap 12:6, 13, 14 e o estudo de terça-feira da Lição 7).
O capítulo 13 descreve detalhadamente os ataques de Satanás ao longo da história, com a ajuda de dois aliados, retratados como bestas. Sob a direção de Satanás, o dragão e essas duas bestas se unirão no fim para se oporem às ações redentivas de Deus e buscar conquistar a lealdade do mundo.
Uma advertência é necessária. É mais fácil interpretar profecias que já foram cumpridas. Quando analisamos as profecias que ainda se cumprirão, como no caso do estudo de terça-feira, precisamos ser cautelosos. Deus nos mostra o que acontecerá no tempo do fim para que não nos surpreendamos, mas Ele não revela todos os detalhes que gostaríamos de saber.
No entanto, sempre devemos lembrar que, embora essas profecias nos revelem o que acontecerá no fim, elas não nos informam quando nem comoos eventos se desenrolarão. Devemos ter cuidado para não especular além do que a profecia ensina. Lembremos que as profecias têm propósitos práticos: ensinar-nos como viver hoje e estar preparados para o futuro.
Hoje encerramos os Dez Dias de Oração com dez horas de jejum e o lançamento da Jornada #PrimeiroDeus. O Céu nos reserva muitas alegrias e reencontros. Ore para conduzir o(a) amigo(a) ____________________________________ a Cristo e ao batismo.
Domingo, 24 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 35, 36
A besta do mar
1. Leia Apocalipse 13:1-4, 8; 17:8. Quais são as características dessa besta e quais são as fases de sua existência?_______________________________________________________________________________________________
João observou uma besta emergindo do mar. Embora uma besta represente um poder político, a descrição da besta do mar indica um poder político cuja característica dominante é a religião. O mar simboliza a região amplamente povoada da Europa, de onde a besta do mar sobe ao poder após a queda do Império Romano (veja Ap 17:15).
A besta tinha sete cabeças e dez chifres, assim como o dragão (Ap 12:3, 4), o que mostra a íntima conexão com Roma pagã. Sobre as cabeças da besta estava um nome de blasfêmia, e sobre os chifres estavam diademas reais. As cabeças da besta são os reinos que Satanás utilizou para perseguir o povo de Deus ao longo da História (veja Ap 17:9-11). O nome de blasfêmia aponta para o título divino que a besta reivindica. Os dez chifres apontam para Daniel 7:24, simbolizando as nações que surgiram depois da queda do Império Romano. Essas características da besta do mar indicam o papado, que surgiu do Império Romano.
A aparência da besta do mar era como a de um leopardo, com os pés de um urso e a boca de um leão. A besta reunia as características dos quatro animais (símbolos de impérios mundiais) de Daniel 7:2 a 7: Babilônia, Media-Pérsia, Grécia e Roma (Dn 7:17). João as listou em ordem inversa, o que, a partir de sua perspectiva do primeiro século, mostra que a besta do mar está relacionada ao quarto animal de Daniel 7, o Império Romano.
O dragão (o Império Romano pagão que recebeu poder de Satanás) deu à besta seu poder, trono e grande autoridade. Assim como o Pai concedeu a Cristo Seu trono e autoridade (Ap 2:26, 27), também Satanás investiu a besta como sua corregente e representante na Terra.
Em Apocalipse 13:5-7, declara-se que o período das ações de perseguição da besta ao longo da história cristã é de 42 meses. Como vimos, a perseguição da mulher pura durou um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, isto é, três tempos e meio ou anos proféticos (Ap 12:13, 14; compare com Dn 7:25). Quarenta e dois meses proféticos equivalem a 30 dias multiplicados por 42, ou 1.260 dias/anos (Ap 12:6). Portanto, “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, 42 meses e 1.260 dias se referem ao mesmo período de tempo de 1.260 anos. Essa fase terminou quando uma das cabeças da besta foi mortalmente ferida, causando a morte temporária da besta. Com a cura da ferida, a besta ressurgirá. Isso atrairá a admiração do mundo, e as pessoas adorarão o dragão e a besta.
Hoje iniciamos uma jornada de 30 dias buscando #PrimeiroDeus, até o dia 25 de março.
Segunda-feira, 25 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 1–3
A atuação da besta do mar
Como vimos no estudo de domingo, em Apocalipse 13:5, especifica-se um período de perseguição. Os 42 meses da atuação da besta correspondem ao mesmo período de 1.260 dias/anos de perseguição da mulher (igreja) em Apocalipse 12:6, 14. Um dia profético simboliza um ano (Nm 14:34; Ez 4:6; veja o estudo de terça-feira da lição 7). O ano 538 d.C. marca, apropriadamente, o início desse período profético, quando a igreja romana, tendo o papa como seu líder, estabeleceu-se como um poder eclesiástico e de Estado que dominou o mundo ocidental durante a época medieval. Em 1798 d.C., os acontecimentos da Revolução Francesa infligiram à besta a ferida mortal, dando assim um fim temporário ao domínio opressivo da igreja e à religião apoiada pelo Estado.
2. Compare Apocalipse 13:5-8 com Daniel 7:24, 25 e 2 Tessalonicenses 2:2-12.
De que maneira as ações da besta do mar refletem a descrição do chifre pequeno e do homem da iniquidade?
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As ações da besta do mar durante os 1.260 dias/anos proféticos são expressas em termos de blasfêmias. No Novo Testamento, blasfêmia significa uma reivindicação de igualdade com Deus (Jo 10:33; Mt 26:63-65) e a ação de usurpar Sua autoridade (Mc 2:7). As blasfêmias da besta do mar são dirigidas “contra Deus, para Lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no Céu” (Ap 13:6). A habitação de Deus é o san­tuá­rio celestial, onde Cristo ministra em favor da nossa salvação. A besta do mar busca negar a obra mediadora de Cristo, procurando substituí-la por um sacerdócio humano que afirma conferir salvação e perdão dos pecados. Usurpar esses poderes pertencentes somente a Deus é a essência da blasfêmia.
Em Apocalipse 13, revela-se um período de ampla apostasia no cristianismo, cumprido quando o catolicismo romano reivindicou a posição e a autoridade de Deus com o papa como seu líder. Aqueles que negaram submissão a Roma foram perseguidos e martirizados. Embora hoje essas declarações sejam vistas como severas, até mesmo intolerantes, o presente não pode apagar a história, não importando quanto as pessoas o desejem.
Como podemos ser fiéis à profecia sobre a história da igreja e, ao mesmo tempo, gentis e cautelosos quando apresentamos essas verdades aos outros?
Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org

Terça-feira, 26 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 4–7
A besta que emerge da terra
A primeira metade de Apocalipse 13 descreve o poder católico romano que atuou durante o período profético de 1.260 dias/anos. Com os acontecimentos da Revolução Francesa, esse sistema político-religioso recebeu uma ferida mortal. No entanto, a ferida mortal será curada no fim, o que fará com que esse sistema seja restaurado. A segunda metade do capítulo descreve como ocorrerá a cura da ferida mortal da besta.
3. Leia Apocalipse 13:11 e 12:14-16. Quais são as características da segunda besta? O que significa o fato de que essa besta emerge da terra?_______________________________________________________________________________________________
João viu o surgimento de outra besta. Diferentemente da primeira, a segunda surge da terra. Ela é um poder mundial, cuja influência é da mesma dimensão que a da primeira besta. Mas, em contraste com a besta do mar, que tinha aparência terrível, a besta da terra parece inofensiva, ao menos no início. Ela “possuía dois chifres, parecendo cordeiro” (Ap 13:11), o que é um símbolo de Cristo. Portanto, esse poder do tempo do fim tem semelhanças com Cristo.
Esse poder surge no território que protegeu a mulher, símbolo da igreja de Deus, do rio perseguidor do dragão, no término dos 1.260 dias/anos proféticos (Ap 12:14-16). Essa besta da terra é um novo participante na cena, tendo surgido como uma potência mundial depois que a besta do mar recebeu a ferida mortal durante a Revolução Francesa, o que significa que besta da terra atuaria exclusivamente no tempo do fim.
“Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 440).
Contudo, em Apocalipse 13:11, mostra-se que a América, amplamente protestante, no fim começará a falar como o dragão, de maneira semelhante ao próprio diabo, com uma influência mundial semelhante à do Império Romano. Esse poder do tempo do fim será um instrumento para fazer com que o mundo inteiro adore a primeira besta, que recebeu a ferida moral. Em outras palavras, os Estados Unidos, que outrora proporcionaram proteção e abrigo seguro para a igreja, desempenharão uma função perseguidora nos eventos finais.
Quando os Estados Unidos foram, pela primeira vez, identificados com a segunda besta de Apocalipse 13, não tinham absolutamente o poder e influência que têm hoje. Esse fato confirma a identificação dos Estados Unidos como o poder retratado nessa profecia?

Quarta-feira, 27 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 8–10
A imagem da besta
4. Leia Apocalipse 13:12, 13, 1 Reis 18:38 e Atos 2:3. Qual é a natureza dos enganos da besta semelhante ao cordeiro – sendo o maior deles fazer descer fogo do céu?_______________________________________________________________________________________________
Ao operar milagres, a besta semelhante ao cordeiro convencerá muitos de que suas palavras são verdadeiras, embora não estejam em plena harmonia com as Escrituras. “Mediante a agência do espiritismo, serão operados prodígios, os doentes serão curados, e serão realizadas muitas e inegáveis maravilhas” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 588). Esses milagres ajudarão a besta semelhante ao cordeiro a persuadir os habitantes da Terra a fazer uma imagem à besta do mar, que recebeu a ferida mortal.
A cura da ferida mortal da besta do mar se refere à restauração do papado romano como um poder político-religioso. A besta semelhante ao cordeiro também começará a falar como dragão e a exercer o poder da besta do mar, mostrando que ela se tornará tão intolerante quanto as nações representadas por esses símbolos.
“Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e à Constituição […]. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro – professando-se pura, suave e inofensiva que fala como o dragão […].
“‘Dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta’. Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia. […]
“Quando a igreja primitiva se corrompeu, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer seus próprios fins, especialmente para a punição da ‘heresia.’ […].
“Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apoie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável”
(Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 442-445).
Quarta-feira, 27 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 8–10
A imagem da besta
4. Leia Apocalipse 13:12, 13, 1 Reis 18:38 e Atos 2:3. Qual é a natureza dos enganos da besta semelhante ao cordeiro – sendo o maior deles fazer descer fogo do céu?_______________________________________________________________________________________________
Ao operar milagres, a besta semelhante ao cordeiro convencerá muitos de que suas palavras são verdadeiras, embora não estejam em plena harmonia com as Escrituras. “Mediante a agência do espiritismo, serão operados prodígios, os doentes serão curados, e serão realizadas muitas e inegáveis maravilhas” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 588). Esses milagres ajudarão a besta semelhante ao cordeiro a persuadir os habitantes da Terra a fazer uma imagem à besta do mar, que recebeu a ferida mortal.
A cura da ferida mortal da besta do mar se refere à restauração do papado romano como um poder político-religioso. A besta semelhante ao cordeiro também começará a falar como dragão e a exercer o poder da besta do mar, mostrando que ela se tornará tão intolerante quanto as nações representadas por esses símbolos.
“Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e à Constituição […]. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro – professando-se pura, suave e inofensiva que fala como o dragão […].
“‘Dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta’. Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia. […]
“Quando a igreja primitiva se corrompeu, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer seus próprios fins, especialmente para a punição da ‘heresia.’ […].
“Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apoie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável”
(Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 442-445).

Quinta-feira, 28 de fevereiro
Ano Bíblico: Dt 11–13
A marca da besta
5. Leia Apocalipse 13:16, 17 e Deuteronômio 6:4-8. Qual é a relação entre a colocação da marca na mão direita ou na testa e os mandamentos de Deus?_______________________________________________________________________________________________
Pessoas de todas as classes sociais serão pressionadas a receber a marca da besta em sua mão direita ou na testa. Assim como o selo na testa identifica os que Deus considera Seus (Ap 7:3, 4; 14:1), também a marca da besta identifica os adoradores da besta.
A marca da besta não é um sinal visível. A colocação na mão direita ou na testa é uma falsificação da instrução que Moisés deu aos israelitas para atar a lei de Deus como um sinal na mão ou na testa (Dt 6:8). A marca na mão direita tem a ver com o comportamento, enquanto o sinal na testa diz respeito à mente ou ao consentimento intelectual. Alguns escolherão receber a marca da besta a fim de escapar da ameaça de morte, enquanto outros estarão totalmente comprometidos, mental e espiritualmente, com esse sistema de adoração apóstata.
As questões centrais na crise final serão a adoração e a obediência a Deus na guarda de Seus mandamentos (Ap 14:12). O mandamento do sábado, em especial, será a prova de fidelidade e obediência a Deus. Assim como o sábado é o sinal distintivo da obediência do fiel povo de Deus (Ez 20:12, 20), a marca da besta é o sinal de lealdade à besta.
A marca da besta envolve a substituição dos mandamentos de Deus por mandamentos humanos. A maior evidência desse fato é a instituição do domingo (Dn 7:25) como dia de adoração em lugar do sétimo dia, o sábado, dia determinado nas Escrituras por nosso Criador.
A tentativa de mudar o sinal da autoridade de Deus para outro dia tem o objetivo de usurpar a função e o poder do próprio Deus. “O sinal da besta é o dia de repouso papal […].  Quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem […]. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 234, 235).
Em Apocalipse 13:18, é dito: “Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” Quem é esse homem? Paulo o descreveu como “o homem da iniquidade” (2Ts 2:3). Essa expressão refere-­­se ao poder papal simbolizado pela besta do mar, cujo nome blasfemo em suas cabeças indica o título divino que ela reivindica para si, supostamente tomando o lugar do Filho de Deus na Terra.

Sexta-feira, 01 de março
Ano Bíblico: Dt 14–17
Estudo adicional
O Apocalipse revela que o sábado será um sinal de obediência no fim da história. No entanto, temos que lembrar que a observância do domingo hoje não significa ter a marca da besta. A guarda do domingo se tornará “a marca da besta” somente quando, compreendendo claramente as questões envolvidas na escolha de um dia de adoração, as pessoas fizerem sua escolha em favor de Deus ou contra Ele. No entanto, esse tempo ainda está no futuro.
“Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em todas as igrejas, inclusive na comunidade católica romana. Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação e se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 234, 235).
Lembremo-nos de que assim como a observância do sábado não faz com que sejamos salvos, também a observância do domingo hoje não torna ninguém perdido. No entanto, chegará o dia em que “a marca da besta” se tornará a questão central e a escolha de um dia de adoração será a prova de fidelidade. O Apocalipse apela ao povo de Deus para que tome a Bíblia e, com um espírito de exame interior, estude a Palavra profética e se esforce para levar o evangelho aos que ainda não foram alcançados pela mensagem de Cristo.
Perguntas para discussão
1. Quais tendências estão levando ao cumprimento de Apocalipse 13?
2. Qual deve ser a nossa atitude em relação aos cristãos de outras denominações? Pense neste conselho: “Nossos pastores devem tentar se aproximar dos pastores de outras denominações; orar por esses homens e com eles, por quem Cristo está fazendo intercessão. Pesa sobre eles solene responsabilidade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 78). Como evitar uma atitude de superioridade ou um espírito não cristão? Como mostrar respeito sem comprometer nossa fé?
Respostas e atividades da semana:
1. Leia Apocalipse 13:1, 2 com a classe. A besta, representação do Império Romano, estava ativa nos dias de João; posteriormente ela seria golpeada de morte, deixando de exercer seu poder, o que ocorreu em 1798 com a prisão do papa Pio VI pelo general Berthier; no entanto, ela ressurgiria nos últimos dias.
2. O chifre pequeno de Daniel e o homem da iniquidade de 2 Tessalonicenses capítulo 2 representam o mesmo poder da besta: o papado romano. O papa assume uma prerrogativa divina, exaltando-se acima de Deus.
3. Comente com a classe.
4. Comente com a classe.
5. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus não receberão a marca da besta.

Resumo da Lição 9
Satanás e seus aliados
RESUMO DA LIÇÃO 9 – Satanás e seus aliados
PARTE I: VISÃO GERAL
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 12:17
FOCO DE ESTUDO: Apocalipse 13 desenvolve o tema da guerra do dragão contra Deus, descrita em Apocalipse 12.
INTRODUÇÃO: Em Apocalipse 13, o dragão ganha dois aliados: uma besta que surge do mar (Ap 13:1-10) e uma besta que sai da terra (Ap 13:11-18). Esses três formam uma falsificação da verdadeira Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ambas as bestas são descritas através da história (Ap 13:1-7, 11) antes que suas ações no tempo do fim sejam retratadas (Ap 13:8-10, 12-18).
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. Fundamentos para uma leitura histórica de Apocalipse 13
Esta seção explora a relação das duas bestas nesse capítulo com a linha histórica do tempo de Apocalipse 12.
II. A besta do mar como uma falsificação de Cristo
Várias características da besta do mar relembram qualidades e ações de Jesus.
III. O significado simbólico de “terra”.
"Terra" é um símbolo ambíguo no Apocalipse, às vezes positivo, às vezes negativo.
IV. A identidade da besta terrestre
São apresentadas evidências de que a besta da terra representa os Estados Unidos da América no conflito final.
V. Apocalipse 13:14-18 e Daniel 3
Resumo das evidências para confirmar uma clara alusão.
APLICAÇÃO PARA A VIDA: Essa seção explora (1) a questão fundamental por trás de todas as formas de religião distorcida e (2) como os crentes devem se relacionar com os cristãos de outras denominações.
PARTE II: COMENTÁRIO
Apocalipse 13 introduz dois novos personagens na história de Apocalipse 12: uma besta do mar (Ap 13:1-7) e uma besta da terra (Ap 13:11). Após suas apresentações, ambos os animais desempenham um papel importante na guerra, introduzida em Apocalipse 12:17.
Explicação dos principais temas da lição 9:
I. Fundamentos para uma interpretação historicista de Apocalipse 13
Na interpretação histórica adventista do Apocalipse, o foco de Apocalipse 13 é a Idade Média e a atuação do papado, e o período posterior, em que houve a ascensão dos Estados Unidos da América. Apocalipse 13 é também uma extensão da guerra do tempo do fim de Apocalipse 12:17.
É verdade que o clímax de Apocalipse 13 está na batalha final da história da Terra, com seus enganos, imagem da besta, decreto de morte e marca da besta (Ap 13:13-17). Mas poucos leitores notam os tempos verbais ao longo do capítulo. As principais frases de Apocalipse 13:1-7, 11 estão todas no passado, ao passo que as principais frases de Apocalipse 13: 8-10, 12-18 estão no presente ou futuro. Portanto, o próprio capítulo contém evidências de sequências históricas. Cada um dos dois novos animais tem uma introdução, incluindo uma descrição visual, seguida por um resumo de sua história anterior em tempos verbais passados (besta do mar: Ap 13:1-7; besta da terra: Ap 13:11). Veja a Lição 8, tema 1, sobre o princípio literário por trás desse padrão formal. Assim, a descrição dos ataques de Satanás (Ap 13:12-18) é precedida pela história anterior dos dois personagens principais nessa batalha.
Apocalipse 13, então, abrange os dois últimos períodos históricos listados em Apocalipse 12. Os trechos de Apocalipse 13 (Ap 13:1-7, 11) no tempo verbal passado são paralelos ao período intermediário de Apocalipse 12 (Ap 12:13-16). As seções de Apocalipse 13 (Ap 13:8-10, 12-18) nos tempos verbais presente e futuro são paralelas ao período final de Apocalipse 12:17. (Essa análise gramatical se encaixa com a perspectiva historicista adventista).
II. A besta do mar como uma contrafação de Cristo
O estudo de domingo sugere que a besta do mar seja uma falsificação de Jesus Cristo, o que se confirma em Apocalipse 13. (1) A besta do mar se assemelha ao dragão (sete cabeças e dez chifres). Jesus disse: “Quem Me vê a Mim vê o Pai” (Jo 14:9). (2) A besta do mar recebe do dragão sua autoridade. Jesus disse: “Toda a autoridade Me foi dada nos Céu e na Terra” (Mt 28:18). (3) A besta do mar experimenta morte e ressurreição, à semelhança de Cristo (Ap 13:3; compare com Ap 13:8). (4) A pergunta “Quem é como a besta?” (Ap 13:4) remete à mentalidade hebraica o nome de Cristo, Miguel, que aparece no capítulo anterior (Ap 12:7), e que significa, em hebraico, “Quem é como Deus?”. (5) Os 42 meses proféticos (Ap 13:5) ecoam os três anos e meio do ministério terrestre de Jesus. A besta do mar é uma contrafação de Jesus Cristo. Esse papel foi cumprido de várias maneiras pela Igreja Católica medieval.
III. O significado simbólico de “terra”
Em Apocalipse 12:16, é a “terra” que ajuda a mulher engolindo o rio que a serpente/dragão lança de sua boca atrás dela. No livro do Apocalipse, “terra” é um conceito um tanto ambíguo (Ap 1:5; 5:6; 6:4; 11:6, 18; 13:12; 14:15-19; 18:1-3; 19:2). Quando contrastado com o Céu, o conceito de terra é negativo (Ap 9:1; 14:3, [exceto 21:1, é claro]). “Os que habitam no Céu” são sempre positivos em Apocalipse (Ap 13:6; ver também Ap 19:1, 14), enquanto “os habitantes da terra” se referem a oponentes de Deus e Seu povo (veja Ap 6:10; 8:13; 13:8; 17:8).
Por outro lado, quando a terra é contrastada com o mar ou inundações, ela é um símbolo positivo e não negativo (Ap 13:11; 21:1), e esse é o caso aqui. A terra ajuda a mulher, que representa o povo fiel de Deus. A história relativamente positiva da besta da terra (Ap 13:11) pode contrastar com a besta do mar (Ap 13:1-7). Assim, Apocalipse 12:16 e talvez Apocalipse 11:4 apresentem um cenário positivo para a referência à terra em Apocalipse 13:11.
IV. A identidade da besta terrestre
Os adventistas sempre identificaram a besta terrestre como os Estados Unidos da América. Esse poder se levantou como benevolente, enfatizando a liberdade religiosa, mas, no fim dos tempos, falaria como um dragão. Revisemos, portanto, a evidência textual sobre a besta da terra.
(1) A história da besta terrestre na passagem (Ap 13:11) é muito mais curta do que a história da besta do mar (Ap 13:1-7), sugerindo uma chegada relativamente nova no cenário histórico. (2) Sair da terra (Ap 13:11) lembra as ações positivas da “terra” em Apocalipse 12:16. (3) A besta da terra aparece no contexto do cativeiro da besta do mar (Ap 13:10), o qual os adventistas entendem ter ocorrido em 1798 d.C. (4) Ao contrário da besta do mar, cuja linhagem lembra os impérios de Daniel 7, a linhagem da besta da terra não tem raízes antigas. (5) A besta da terra surge de uma parte diferente do mundo comparada à besta do mar. (6) Na antiga mitologia, a besta terrestre (behemoth) vive em um espaço deserto, árido, longe das pessoas. (7) A besta da terra não usa coroas, sugerindo que não tem rei nem papa; em vez disso, oferece liberdade política e religiosa. (8) Ela fala como um cordeiro, a princípio, empunhando uma autoridade mais gentil, mais semelhante a Cristo. Mas essa gentileza não dura. (9) A besta da terra enfim se torna semelhante a um dragão, como o poder que tentou matar o bebê Jesus (Ap 12:3-5). (10) A besta da terra é descrita em termos muito religiosos, não apenas políticos (Ap 13:13-15). É o lado religioso dos Estados Unidos da América que está especialmente em foco, pois a fé, o que acreditamos e praticamos, é muito importante.
Não há outro poder na história capaz de cumprir de forma tão completa as especificações dessa profecia do que os Estados Unidos.
V. Apocalipse 13:14-18 e Daniel 3
Essa parte de Apocalipse 13 contém uma das mais claras alusões ao Antigo Testamento nesse livro. Existem vários paralelos com a história dos três dignitários hebreus e o teste de adoração de Nabucodonosor na planície de Dura. (1) Pessoas de todo o mundo são compelidas a participar de um ato de adoração. (2) Há um decreto de morte ligado à ordem de adorar. (3) Ambos os eventos estão associados ao número 6 (dimensões da imagem em Daniel 3 e o número 666 em Apocalipse 13). Apocalipse 13 indica que, na crise final da história da Terra, o cenário da planície de Dura será repetido. A experiência de Daniel 3 se repetirá com a geração final da Terra.
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. O estudo de segunda-feira pergunta: Como podemos permanecer fiéis à profecia sobre a história da igreja e, ao mesmo tempo, sermos bondosos e cautelosos ao apresentarmos essas verdades a outras pessoas? O desafio final com distorções religiosas está na imagem de Deus retratada por elas. Que tipo de Deus tortura e queima as pessoas pela eternidade? Que tipo de Deus é irresponsável e enganoso com as próprias regras que Ele fez? Que tipo de Deus é retratado por uma igreja que queima as pessoas na fogueira por causa de diferenças doutrinárias?
Ao confrontar a religião distorcida, é muito importante que não caiamos na armadilha de retratar um Deus zangado, crítico e severo. Sabemos que, quando Jesus confrontou os fariseus, “o pranto transparecia em Sua voz” (Ellen G. White, O Caminho a Cristo, p. 12). Em outras palavras, a crítica religiosa só é apropriada quando vem de um coração amoroso que pode enxergar o valor que Deus vê nas pessoas. Com a ajuda do Espírito Santo, podemos gentilmente convidar as pessoas a considerar a imagem de Deus retratada por sua religião, deixando claro que também somos capazes de deturpar a Deus. Eles precisam saber que Deus já está inclinado em favor deles e que Ele não precisa ser comprado nem persuadido por rituais.
2. O estudo de sexta-feira pergunta: À medida que aguardamos o final, qual deve ser nossa atitude em relação aos cristãos de outras denominações? Isso ajuda a reconhecer que muitos católicos, muçulmanos e os de outras crenças religiosas amam a Deus profundamente e procuram agradá-Lo de todas as formas possíveis. Precisamos abordar essas pessoas com o entendimento de que a linha entre o bem e o mal não está entre “nós” e “eles”; em vez disso, corre bem no meio da nossa experiência (1Tm 1:15). Se assumirmos uma atitude de superioridade moral, podemos convencê-los involuntariamente de que Deus não está conosco. Por outro lado, as pessoas são atraídas para os que são autenticamente conscientes de suas próprias fraquezas e, como Jesus, mostram amor e humildade. É com essa atitude que o diálogo pode, na maioria das vezes, conquistar o outro.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Satanás, um inimigo derrotado

Lição 8
16 a 22 de fevereiro
Satanás, um inimigo derrotado
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 15, 16
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12:11).
LEITURAS DA SEMANA: Ap 12; 13:13, 14; 19:20; Gn 3:15; Is 14:12-15; Dn 7:23-25; 2Ts 2:8-12
Os capítulos 12 a 14 do Apocalipse nos preparam para a seção sobre os eventos dos últimos dias (Ap 15:1–22:21). Enquanto a primeira metade do livro (Ap 1:1–11:19) descreve as lutas espirituais da igreja em um mundo hostil ao longo da era cristã, o restante se concentra em eventos fundamentais que levarão à segunda vinda de Cristo e ao reino de Deus.
O propósito do capítulo 12 é nos apresentar o panorama completo por trás da crise final da história mundial. Esse capítulo revela o desenvolvimento do grande conflito entre Cristo e Satanás ao longo da história.
No livro do Apocalipse, Satanás é o arqui-inimigo de Deus e de Seu povo. Sua existência é real, e ele está por trás de todo mal e rebelião no Universo. Ele sabe que sua última chance de triunfar contra Deus antes da segunda vinda de Cristo é vencendo a batalha do Armagedom. Portanto, ele concentra todos os seus esforços na preparação para esse evento.
O propósito de Apocalipse 12 é assegurar ao povo de Deus que Satanás não terá sucesso. Esse capítulo é também uma advertência de que Satanás está determinado e travará uma guerra intensa contra a igreja remanescente de Deus dos últimos dias e de que nossa única esperança e poder para vencer encontram-se em Cristo.
Dez Dias de Oração: Estamos no tempo do fim. Ore por um reavivamento pessoal. Que isso motive você a ajudar outros a conhecer o Senhor e a mensagem para este tempo.

Domingo, 17 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 17–19
A mulher e o dragão
1. Leia Apocalipse 12:1-5. João viu dois grandes sinais: uma mulher grávida de um filho e um dragão. Quem é essa mulher e o que esses versos ensinam?_______________________________________________________________________________________________
Na Bíblia, a palavra “mulher” é usada como símbolo do povo de Deus (2Co 11:2): uma mulher pura representa cristãos fiéis, enquanto uma prostituta representa cristãos apóstatas. A mulher de Apocalipse 12 simboliza primeiramente Israel, a quem o Messias veio (Ap 12:1-5); nos versos 13 a 17 ela representa a igreja verdadeira que dá à luz o remanescente.
O Sol representa a glória do caráter de Cristo, a Sua justiça (Ml 4:2). Ele é “a luz do mundo” (Jo 8:12), e Seu povo deve refletir a luz do Seu caráter amoroso (Mt 5:14-16). A Lua, um luzeiro menor (Gn 1:16), aponta para as promessas do Antigo Testamento, prefigurando a obra de Cristo.
Outro sinal que João observou na visão foi um dragão vermelho, posteriormente identificado como o diabo e Satanás, a antiga serpente (Ap 12:9). A sua cauda, simbolizando os meios usados para enganar (Is 9:14, 15;
Ap 9:10), arrastou um terço das estrelas do Céu para a Terra. Ao cair de sua posição exaltada no Céu (Is 14:12-15), Satanás conseguiu enganar um terço dos anjos. Esses anjos caídos são demônios que auxiliam o diabo na oposição a Deus e à Sua obra de salvação (veja 1Tm 4:1). O dragão é descrito como tendo “sete cabeças e dez chifres” (Ap 12:3, ARC), símbolo dos agentes no mundo usados por Satanás: Roma pagã (Ap 12:4) e o espiritismo (Ap 16:13). “Declara-se que o dragão é Satanás (Ap 12:9); foi ele que atuou sobre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã, foi o Império Romano, em que o paganismo era a religião dominante. Assim, embora o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 438).
2. Leia Apocalipse 12:9. Satanás foi chamado de “a antiga serpente”. Qual é a relação entre Gênesis 3:15 e a tentativa do dragão de destruir o Descendente da mulher “quando [Este] nascesse” (Ap 12:4)?_______________________________________________________________________________________________
Desde o princípio, Satanás esteve à espera do Messias, o Filho que nasceria para destruí-lo. Quando o Messias nasceu, Satanás usou Roma pagã (simbolizada pelo dragão em Ap 12:4) a fim de destruí-Lo (veja Mt 2:13-16).Mas o Filho “foi arrebatado para Deus até ao Seu trono” (Ap 12:5).
Dez Dias de Oração: Enoque intercedia pelas pessoas que ele procurava salvar. Interceda pelos seguintes amigos da igreja: ____________________________________.
Segunda-feira, 18 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 20, 21
Satanás é lançado à Terra
3. Leia Apocalipse 12:7-9, que fala sobre uma guerra no Céu. Qual foi a natureza dessa guerra, que resultou na expulsão de Satanás do Céu? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. (  ) A guerra foi um conflito cósmico entre Deus e Satanás, que se rebelou contra a autoridade de Deus.
B. (  ) Lúcifer e outros anjos lutaram para ver quem teria o direito de governar a Terra.
Satanás foi expulso do Céu no início do grande conflito, quando se rebelou contra o governo de Deus. Ele queria tomar posse do trono no Céu e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:12-15). O inimigo permaneceu em aberta rebelião contra Deus, mas foi derrotado e exilado na Terra. Contudo, ao enganar Adão e Eva, Satanás usurpou o domínio de Adão sobre este mundo (Lc 4:6). Como governante autoproclamado da Terra e representante dela (Jo 12:31), ele reivindicou o direito de comparecer ao concílio celestial (Jó 1:6-12). No entanto, desde sua derrota na cruz, Satanás e seus anjos caídos têm estado confinados à Terra como uma prisão, até receberem seu castigo (2Pe 2:4, Jd 6).
Por Sua morte, Jesus redimiu o que havia sido perdido e o verdadeiro caráter de Satanás foi revelado diante do Universo. “Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Havia se revelado um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 761). O domínio sobre a Terra foi transferido de Satanás para Jesus perante todo o Universo, e Ele foi proclamado o governante legítimo sobre a Terra (Ef 1:20-22; Fp 2:9-11).
Jesus previu esse acontecimento dizendo: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). Com esse juízo sobre Satanás, “veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do Seu Cristo” (Ap 12:10). O diabo ainda terá poder limitado para causar dano ao povo de Deus na Terra, mas com a percepção de que “pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12). No entanto, embora lhe reste, de fato, pouco tempo, ele está fazendo tudo que pode para causar dor, sofrimento e destruição aqui na Terra.
De acordo com Apocalipse 12:11, como podemos nos defender do diabo? (Veja também Ef 6:10-18.)
Dez Dias de Oração: Daniel realizava seu trabalho com excelência e dedicação. Ore pela seguinte pessoa: ____________________________________, e envie a essa pessoa o cartão de oração.
Terça-feira, 19 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 22–24
A guerra no Planeta
4. Leia Apocalipse 12:13, 14. Tendo sido expulso do Céu, Satanás atacou a igreja durante os 1260 dias/anos proféticos. Como Deus cuidou da igreja nesse período?_______________________________________________________________________________________________
expulsão de Satanás, como acusador dos irmãos no Céu, foi efetuada por meio da grande obra de Cristo ao dar a Sua vida. Apesar da persistente oposição de Satanás, o plano da redenção estava sendo executado […]. Sabendo que o império que ele havia usurpado lhe seria arrebatado no final, Satanás decidiu não poupar esforços para destruir o maior número possível das criaturas que Deus havia feito à Sua imagem. Ele odeia o homem porque Cristo manifestou por ele um amor perdoador e grande compaixão. Então, ele se preparou para aplicar todo tipo de engano pelo qual o ser humano possa ser levado à perdição; entregou-se à sua obra com mais energia por causa de sua própria condição irremediável” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1.088).
Satanás continuou suas atividades na Terra, lançando sua fúria contra o grande objeto do amor de Cristo no mundo: a igreja. No entanto, a igreja encontrou proteção nos lugares desertos da Terra durante o período de 1.260 dias/anos.
O período da perseguição empreendida por Satanás é mencionado duas vezes em Apocalipse 12 em termos de 1.260 dias/anos (Ap 12:6) e “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Ap 12:14). Ambos os períodos se referem à duração da ação perseguidora do chifre pequeno mencionado em Daniel 7:23 a 25. Na Bíblia, os dias proféticos simbolizam anos. O período da história que melhor se encaixa nesse período profético é 538 a 1798 d.C., durante o qual a Igreja Católica Romana, como poder eclesiástico e de Estado, dominou o mundo ocidental até 1798, ano em que Berthier, general de Napoleão, acabou com o poder opressivo de Roma, pelo menos temporariamente.
Durante esse longo período de perseguição, o dragão fez jorrar de sua boca água como um rio a fim de destruir a mulher. Águas representam povos e nações (Ap 17:15). Roma enviou exércitos e nações para guerrear contra o povo fiel de Deus durante esse tempo. Próximo do fim desse período profético, uma terra favorável engoliu o rio e salvou a mulher, proporcionando-lhe um abrigo seguro. Essa provisão indica o refúgio que os Estados Unidos, com sua liberdade religiosa, proporcionaram (Ap 12:16).
Pense na perseguição dos 1.260 anos e em nossa limitação para entender por que as coisas, como o retorno de Cristo, parecem demorar, em nossa perspectiva.
Dez Dias de Oração: Somos chamados a preparar o caminho do Senhor na segunda vinda, levando pessoas a Ele. Ore com a seguinte pessoa: ____________________________________ ou envie o vídeo de oração.

Quarta-feira, 20 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 25–27
Guerra contra o remanescente
5. Leia Apocalipse 12:17. No tempo do fim, contra quem Satanás lutará de maneira intensa? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Contra a mulher e o restante da sua descendência.
B. (  ) Contra seus próprios aliados.
As palavras restante ou remanescente descrevem aqueles que permanecem fiéis a Deus enquanto a maioria apostata (1Rs 19:18; Ap 2:24). Enquanto a maioria das pessoas do mundo tomará o lado de Satanás no fim dos tempos, um grupo de pessoas levantadas por Deus após 1798 permanecerá fiel a Cristo diante da completa ira de Satanás.
6. Quais são as duas características do remanescente em Apocalipse 12:17? Como ter a certeza de que pertencemos ao remanescente no fim dos tempos?_______________________________________________________________________________________________
O remanescente que vive no tempo do fim guarda os mandamentos de Deus. Apocalipse 13 mostra que a primeira tábua do Decálogo será fundamental para o conflito no fim dos tempos. O principal componente dos primeiros quatro mandamentos é a adoração. A principal questão na crise final é quem deve ser adorado. Enquanto as pessoas no mundo escolherão adorar a imagem da besta, o remanescente adorará a Deus, o Criador (Ap 14:7). O quarto mandamento, o sábado, aponta especificamente para Deus como Aquele que nos criou. Essa é uma das razões pelas quais esse mandamento desempenhará um papel fundamental na crise final.
Além disso, a segunda característica do remanescente do tempo do fim é que eles “mantêm o testemunho de Jesus”, o qual, em Apocalipse 19:10, é apresentado como “o espírito de profecia” (NVI). Ao compararmos esse verso com Apocalipse 22:9, vemos que os “irmãos” de João que têm o testemunho de Jesus são profetas; portanto, a expressão “o testemunho de Jesus” se refere a Jesus testemunhando da verdade mediante Seus profetas, assim como Ele fez por meio de João (Ap 1:2). O Apocalipse mostra que, no tempo do fim, o povo de Deus terá o “espírito de profecia” para guiá-­­lo através desses tempos difíceis, visto que Satanás fará todos os esforços para enganá-lo e destruí-lo. Como adventistas, recebemos esse dom de revelação profética no ministério e nos escritos de Ellen G. White.
Quais ideias incríveis recebemos pelo espírito de profecia? Como devemos nos comportar individualmente e como igreja em relação a essa luz adicional que Deus nos deu?
Dez Dias de Oração: Deus nos chama à ação. Ore pelos pedidos da seguinte pessoa: ____________________________________.
Quinta-feira, 21 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 28–30
Estratégia de Satanás no tempo do fim
Ao longo da história cristã, Satanás se opôs à obra divina, principalmente por meio da sutil transigência no interior da igreja e mediante a coerção e perseguição externas. Embora tivesse sido bem-sucedida por muitos séculos, essa estratégia foi combatida pela Reforma e pela gradual redescoberta da verdade bíblica pelo povo de Deus. No entanto, ao perceber que seu tempo está acabando, Satanás intensificará seus esforços e pelejará contra o remanescente no tempo do fim (Ap 12:17). Seus ataques incluirão um amplo elemento de engano. Haverá demônios operando milagres e manifestações espiritualistas (Ap 16:14). Essa mudança na estratégia de Satanás corresponde à transição de um foco histórico para um foco no tempo do fim (veja Mt 24:24).
É significativo o fato de que a palavra enganar é usada regularmente em Apocalipse 12 a 20 para descrever as ações de Satanás no tempo do fim. A ideia de engano (sedução) inicia (Ap 12:9) e conclui (Ap 20:7-10) a descrição que o Apocalipse faz das ações de Satanás no tempo do fim.
7. Leia 2 Tessalonicenses 2:8-12 e Apocalipse 13:13, 14 e 19:20. Qual é a natureza do engano de Satanás no tempo do fim?_______________________________________________________________________________________________
Os capítulos 12 a 20 do Apocalipse descrevem Satanás tentando atrair a lealdade do mundo. Ele usa poderes políticos e religiosos, assim como impérios, para realizar sua obra: Roma pagã, simbolizada pelo dragão (Ap 12:4, 5); depois, um poder simbolizado pela besta do mar (Ap 12:6, 15; 13:1-8); e, finalmente, um poder simbolizado pela besta da terra (Ap 13:11). No restante do livro, os membros dessa tríade satânica – o paganismo/espiritismo simbolizado pelo dragão; o catolicismo romano simbolizado pela besta do mar; e o cristianismo apostatado simbolizado pela besta da terra semelhante a um cordeiro – se unem para se oporem a Deus. Eles enganam as pessoas para fazer com que elas se afastem de Deus e fiquem do lado de Satanás na “peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16:13, 14). Esses sistemas falsos serão destruídos na segunda vinda de Jesus (Ap 19:20), enquanto o dragão, simbolizando o diabo que atuou por meio desses poderes terrestres (Ap 12:9), será destruído ao final do milênio (Ap 20:10). O engano do fim dos tempos será tão grande que a maioria das pessoas será levada a escolher o caminho da destruição (Mt 7:13).
Há dois chamados à sabedoria e ao discernimento espiritual a fim de perceber e resistir aos enganos do tempo do fim (Ap 13:18; 17:9). Como obter essa sabedoria (Tg 1:5)?
Dez Dias de Oração: Peça a Deus coragem e poder para visitar a seguinte pessoa: ___________________________________________________.
Sexta-feira, 22 de fevereiro
Ano Bíblico: Nm 31, 32
Estudo adicional
Leia o capítulo “Os Ardis de Satanás”, do livro O Grande Conflito, de Ellen G. White, p. 518-530.
Em primeiro lugar, o propósito de Apocalipse 12 é revelar ao povo de Deus que os eventos do tempo do fim são parte do grande conflito entre Cristo e Satanás e suas forças demoníacas. O livro adverte o povo de Deus sobre o que os fiéis estão enfrentando hoje e o que estão prestes a enfrentar de maneira ainda mais séria no futuro: um inimigo experiente e irado. Paulo nos advertiu sobre a atuação de Satanás no fim dos tempos: ele enganaria “com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2Ts 2:9, 10).
O Apocalipse nos recomenda levar a sério o futuro e tornar nossa dependência de Deus a prioridade. Por outro lado, o livro nos assegura que, embora Satanás seja um inimigo forte e experiente, ele não é forte o suficiente para vencer Cristo (veja Ap 12:8). O povo de Deus pode encontrar esperança somente Naquele que no passado venceu Satanás e suas forças demoníacas. E Ele prometeu estar com Seus fiéis seguidores “todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:20).
Perguntas para discussão
1. Como adventistas, consideramos que temos as características do remanescente do tempo do fim. Que privilégio e que responsabilidade (Lc 12:48)! No entanto, por que devemos ter cuidado para não pensar que isso garante nossa salvação?
2. “Falamos demais sobre o poder de Satanás. É verdade que Satanás é um ser poderoso; mas agradeço a Deus por um poderoso Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Falamos sobre nosso adversário, oramos a respeito dele, pensamos nele; e ele cresce cada vez mais em nossa imaginação. Agora, por que não falar de Jesus? Por que não pensar em Seu poder e Seu amor? Satanás tem prazer em nos fazer exaltar seu poder. Exalte Jesus, medite Nele e, ao contemplá-Lo, você será transformado à Sua imagem” (Ellen G. White, Advent Review e Sabbath Herald, 19 de março de 1889). De que maneira os cristãos exaltam o poder de Satanás? Por outro lado, quais são os perigos de negar não apenas a realidade do poder de Satanás, mas também sua própria existência?
Respostas e atividades da semana:
1. Comente com a classe.
2. Em Apocalipse 12:1 a 5, vimos o cumprimento da fala de Deus à serpente, em Gênesis 3:15. O Descendente da mulher (Cristo) esmagaria a cabeça da serpente (diabo); porém, a serpente feriria o calcanhar do Descendente.
3. V; F.
4. A mulher recebeu asas de águia e foi sustentada no deserto. Assim também Deus sustentou a igreja nesse período de provação.
5. A.
6. O povo remanescente guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus. Se somos fiéis temos a certeza de que pertencemos a esse grupo.
7. O engano será uma contrafação da verdade com o objetivo de levar o mundo a adorar a Satanás.
Dez Dias de Oração: Peça que Deus capacite você para estudar a Bíblia com a seguinte pessoa: ___________________________________________________.
Resumo da Lição 8
Satanás, um inimigo derrotado
RESUMO DA LIÇÃO 8 – Satanás, um inimigo derrotado
PARTE I: ESBOÇO
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 12:11
FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 12 abrange toda a história cristã, com vislumbres da guerra universal que está por trás dos conflitos na Terra.
INTRODUÇÃO: Em quatro estágios, Apocalipse 12 retrata a história de Israel tanto do Antigo quanto do Novo Testamento: (1) o período antes do nascimento de Cristo, com um vislumbre de Israel representado por uma mulher (Ap 12:1, 2) e a expulsão de Satanás do Céu (Ap 12:3, 4); (2) o nascimento, ascensão e entronização de Cristo, com uma retrospectiva da guerra no Céu, vista à luz da cruz (Ap 12:5, 7-11); (3) a história da igreja cristã entre os dois adventos de Jesus, com foco particular na perseguição da igreja durante a Idade Média (Ap 12:6, 13-16); (4) a experiência do remanescente do tempo do fim nos dias finais da história da Terra (Ap 12:17).
TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes temas:
I. O que acontece quando novos personagens aparecem no Apocalipse?
II. A natureza do conflito cósmico
III. Aplicação do princípio dia-ano
IV. O conceito bíblico de remanescente
V. O testemunho de Jesus
APLICAÇÃO PARA A VIDA: 1. Como a consciência do conflito cósmico afeta nosso modo de olhar para o mundo e nossa maneira de encontrar significado e propósito nele? 2. Qual é a importância do conflito cósmico na compreensão do caráter de Deus?
PARTE II: COMENTÁRIO
Apocalipse 12 retrata a história e a experiência da igreja desde o nascimento de Cristo (Ap 12:5) até a crise final da história da Terra (Ap 12:17), definindo o cenário para o foco principal do Apocalipse, ou seja, os eventos do tempo do fim, do capítulo 13 em diante (veja a lição da próxima semana para detalhes sobre Apocalipse 13).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO 8:
I. O que acontece quando novos personagens aparecem no Apocalipse?
Existe um padrão literário importante no livro do Apocalipse. Sempre que um novo personagem aparece na história, o autor faz uma pausa na narrativa e apresenta uma descrição visual desse personagem e um pouco de sua história anterior. Esse dispositivo de “congelamento do quadro” geralmente ajuda o leitor a identificar o personagem. Após essa introdução, o personagem desempenha um papel na história maior.
No capítulo 1, Jesus aparece como um personagem na visão pela primeira vez (Ap 1:12-18 [Ele é mencionado antes: Ap 1:5, 9]). Há uma descrição visual (Ap 1:12-16) e um pouco de Sua história anterior (Ap 1:17, 18), seguida por Suas ações na visão subsequente (Ap 2 e 3). No capítulo 11, as duas testemunhas são apresentadas da mesma forma (Ap 11:3-6), seguidas por suas ações no contexto da visão (Ap 11:7-13).
Dois novos personagens aparecem no início de Apocalipse 12 (Apocalipse 12:1-4). Primeiro, há a descrição visual de uma mulher (Ap 12:1) e um pouco de sua história anterior (Ap 12:2), e em seguida aparece um dragão, que é apresentado de forma semelhante (Ap 12:3, 4). Só então ambos os personagens começam a agir no contexto da visão em si (Ap 12:5-9). O Filho do homem do verso 5, por outro lado, não é apresentado com uma descrição visual, provavelmente porque Ele já o tinha sido antes de uma forma diferente (Ap 1:12-18).
II. A natureza do conflito cósmico
A guerra no Céu é descrita em linguagem militar. Há a linguagem da “guerra” (Ap 12:7, em grego polemos) e “luta” (em grego polemêsai, epolemêsen). Essas palavras gregas normalmente descrevem conflitos armados, mas podem ser usadas também de forma figurada, para aumentar o drama das disputas e discordâncias verbais (Tg 4:1). Após um exame mais detalhado, a guerra no Céu é mais uma guerra de palavras do que um evento militar. Existem quatro evidências principais disso no capítulo 12.
Primeiro, o dragão arrasta um terço das estrelas do Céu com sua cauda (grego: oura). Cauda é um símbolo do Antigo Testamento para um profeta que ensina mentiras (Is 9:15). Segundo, o dragão é definido em Apocalipse 12:9 como “a antiga serpente”, uma referência clara às mentiras sobre Deus faladas a Adão e Eva no jardim (Gn 3:1-6). Terceiro, em Apocalipse 12:10 o dragão/Satanás é expulso do Céu como o “acusador dos nossos irmãos”. São suas palavras acusadoras, em vez de armas físicas, que resultam na sua expulsão. E, finalmente, o dragão/Satanás é vencido “por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram” (Ap 12:11). Portanto, a guerra de Apocalipse 12 não é uma batalha militar, mas uma guerra de palavras e ideias.
III. Aplicação do princípio do dia-ano
O princípio do dia-ano é crucial para a interpretação correta da profecia apocalíptica. É mais ou menos assim: “Na profecia apocalíptica, os períodos de tempo são simbólicos, de modo que seu cumprimento deve ser contado em anos”. Esse princípio não é declarado como tal nas Escrituras, mas a Bíblia nos dá o padrão, destacando equivalências de um dia por um ano. Em Números 14:34, os 40 dias de Israel que levaram à rebelião correspondem a 40 anos previstos de peregrinação no deserto. Em Ezequiel 4:5, 6, o profeta devia se deitar um dia para cada ano de desobediência de Israel e a Judá. Em Levítico 25, o conceito de uma semana com o sábado é estendido de dias para anos. As pessoas cultivavam a terra por seis anos e deixavam a terra “descansar” durante o sétimo ano ou ano sabático. Daniel 9 contém 70 “semanas” ou 490 anos. Então, o conceito sabático também destaca o princípio do dia-ano nos tempos bíblicos.
Mas quando se deve aplicar dias proféticos como anos? Existem vários princípios orientadores a ser considerados. (1) Visto que as profecias apocalípticas, como as encontradas em Daniel e Apocalipse, estão cheias de símbolos, deve-se considerar um significado simbólico para qualquer número na profecia. (2) Os números nos casos de emprego do princípio do dia-ano tendem a ser do tipo que não se usaria na fala normal. Nenhum pai, por exemplo, diria que seu filho tem 1.260 dias de idade, 42 meses de idade ou, muito menos, que a criança tem 2.300 tardes e manhãs! (3) Em uma sequência de eventos proféticos, se a profecia faz mais sentido ao contar os dias como anos, deve-se fazê-lo. Por exemplo, em Daniel 7, cada uma das quatro bestas reina por várias décadas, até mesmo centenas de anos. Mas quando o principal oponente de Deus aparece, ele governa por apenas três tempos e meio ou anos (Dn 7:25). Do ponto de vista do fim da história da Terra, torna-se evidente que esse período de tempo profético incomum de Daniel 7 deve ser interpretado utilizando o princípio do dia-ano.
IV. O conceito bíblico do remanescente
O povo de Deus no conflito final é chamado de “restantes” [remanescente] (grego loipôn) em Apocalipse 12:17. O significado original de “remanescente” é “sobreviventes de um desastre”. Por causa de inundação, terremoto ou conquista, uma tribo ou povo pode ser totalmente destruído. A sobrevivência de um remanescente trazia esperança de que a tribo ou povo pudesse ser restaurado(a) para a grandeza no futuro (ver Is 1:9). No Antigo Testamento, havia também um significado moral ou espiritual atrelado ao “remanescente”. O remanescente era uma “minoria crente”, através do qual Deus poderia salvar a humanidade da extinção, apesar da presença do pecado e do mal no mundo (Gn 7:23).
Como resultado, o “remanescente” era usado de três maneiras diferentes no Antigo Testamento: (1) remanescente histórico. Esse é o grupo que sobreviveu a um grande juízo de Deus no passado, como os judeus que foram para o exílio na Babilônia ou permaneceram na terra. Esse grupo é visível, identificável e contável. (2) Remanescente fiel. Esse termo se refere àqueles dentre um determinado remanescente histórico que permanecem fiéis à mensagem e missão de Deus para um tempo específico. São as pessoas que Deus sabe que são fiéis a Ele (2Tm 2:19). Essas pessoas nem sempre são tão visíveis quanto o remanescente histórico (1Rs 19:14-18). (3) Remanescente escatológico. O remanescente escatológico é composto por todos os que são fiéis durante o tempo do fim (Jl 2:31, 32). Esse remanescente escatológico compreende aqueles que poderão suportar o dia da ira (Ap 6:17) e que serão perseverantes até o fim (Mt 24:13).
O livro do Apocalipse se refere claramente a pelo menos dois tipos de remanescentes. Os remanescentes fiéis em Tiatira são aqueles que sobrevivem à apostasia daquele período (Ap 2:24). Um remanescente escatológico, ou do tempo do fim, surge justamente antes do fim do tempo da graça (Ap 11:13; 12:17). É propósito de Deus que esse último remanescente prepare o caminho para a segunda vinda de Jesus, assim como João Batista preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo.
V. O Testemunho de Jesus
Uma das marcas do remanescente em Apocalipse 12:17 é que eles “têm” (grego: echontôn) o “testemunho de Jesus” (grego: tên marturion Iêsou). Isso significa que João previu, para o tempo do fim, um reavivamento do tipo de dom visionário e profético que ele mesmo recebeu (Ap 1:2). Esse significado para “testemunho de Jesus” é confirmado por uma comparação cuidadosa de Apocalipse 19:10 e Apocalipse 22:8, 9. Aqueles que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus em Apocalipse 19:10 são chamados de “profetas” em Apocalipse 22:9. Os adventistas do sétimo dia entendem que esse dom foi cumprido no ministério de Ellen G. White.
Parte III: Aplicação para a Vida
1. De que maneira o conflito cósmico influencia seu modo de ver o mundo? Como seria viver sem esse conhecimento? O conflito cósmico responde poderosamente às três grandes questões da filosofia: (1) De onde eu vim? (2) Para onde vou? e (3) Por que estou aqui? O conhecimento do conflito cósmico oferece significado e propósito a tudo o que fazemos, nos conecta a algo maior que nós mesmos e nos permite estar tranquilos quanto ao futuro, sabendo que ele está seguro nas mãos de Deus.
2. Qual é o significado da guerra celestial em nossa imagem de como Deus é? O lado de Deus no conflito cósmico prioriza o amor e o sacrifício próprio, respeita a liberdade das criaturas, e não coage, mas é paciente, procurando apresentar evidências persuasivas. Por outro lado, Satanás procura vencer pela perseguição (força) e pelo engano (mentira). A expulsão de Satanás em Apocalipse 12:9, 10 significa que as hostes do Céu não mais levam a sério suas mentiras. Seus argumentos perderam a credibilidade e sua presença ali não mais é desejada.
Em grande medida, a imagem que temos de Deus determina como vivemos e nos comportamos. Se pensamos em Deus como severo e crítico, nos tornamos mais severos e críticos. Se pensamos em Deus como gracioso e abnegado, nos tornamos semelhantes a Ele. Nós nos tornamos como o Deus que adoramos.